quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

DESAFIO TOTAL

Falando para cerca de uma centena de alunos das escolas públicas que se manifestaram hoje em frente do Parlamento, Sory Djaló pediu calma aos alunos, dizendo-lhes que está solidário com a sua luta.

"Estamos solidários com os alunos e os professores da Guiné-Bissau, porque a única herança que podemos deixar para os jovens de hoje é a formação, não são carros, casas ou quintas. Lamentavelmente neste momento estamos muito tristes e preocupados porque não há aulas", afirmou o presidente do Parlamento guineense.

 

As escolas públicas da Guiné-Bissau estão encerradas há uma semana devido à greve dos professores. A paralisação, convocada para 30 dias, é em sinal de protesto pelo incumprimento do Governo dos acordos celebrados com os docentes em relação ao pagamento de salários em atraso e efetivação de professores novos no sistema.

O presidente do Parlamento apelou aos alunos para que tenham calma, mas acusou o Governo de não estar a dar resposta às necessidades da população.

"Não há aulas, não há água (canalizada), não há energia elétrica (da rede publica), não há nada, senão problemas e mais problemas", frisou Sory Djaló, lembrando aos alunos a polémica que opõe o Parlamento ao Governo de transição.

"Este Governo não quer se sujeitar ao controlo constitucional do Parlamento. O Governo quer passar sem prestar contas a ninguém, mas que saiba, que fique a saber que isso não irá acontecer. Não vamos desarmar", avisou o presidente do Parlamento guineense.

Sory Djaló disse ainda que não se pode permitir um país sem escolas para os jovens.

"Que o Governo pague aos professores. Diz que não comeu o dinheiro (do Estado), então onde é que o dinheiro do Tesouro Publico está?", questionou Djaló, perguntando ainda por que motivo até hoje não foi pago o salário do mês de fevereiro.

"Quero pedir-vos calma para vermos o que aí vem, porque este Governo não está a governar nada, porque não tem condições de governar ninguém, sobretudo aqueles ministros que lá estão, oriundos de pequenos partidos", enfatizou o presidente do Parlamento, merecendo palmas dos alunos.

Sory Djaló, que recebeu um manifesto de protesto dos jovens, disse que vai analisar o documento na plenária do Parlamento e de seguida fará com que chegue ao seu destinatário.


RTP

VIGÍLIA NA ANP

A Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné Bissau (CONAEGUIB), convocou para esta quinta-feira, uma vigília em frente do Palácio Colinas de Boé, em Bissau, para exigir reinício das aulas no setor do ensino público encerradas há duas semanas por uma greve de professores.
O presidente da comissão organizadora da vigília, Roberto Armando Djú, instou a solidariedade dos alunos das escolas privadas nesta luta.
“Temos uma vigília marcada para quinta-feira, 28 de fevereiro em frente as instalações da Assembleia Nacional popular. Enquanto estudantes, nós vamos exigir do governo, o cumprimento da sua obrigação, posto que o pedido de direito-à-escola não significa um favor que nos estaria a fazer”, afirmou Armando Djú.
Ações de vigília, de acordo com Djú, irão continuar até que se ultrapasse a crise vigente no setor.

ACIDENTE DE VIAÇÃO FAZ 1O MORTOS

Dez mortos e 17 feridos é o balanço de um acidente de viação ocorrido, esta quinta-feira, na região de Bula, norte da Guiné-Bissau, disseram fontes hospitalares.

De acordo com as fontes, deram entrada no Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau, "27 casos" resultantes do acidente, 10 dos quais mortais. 

O acidente envolveu duas viaturas de transportes mistos de passageiros (pequenas viaturas adaptadas para transporte de pessoas e mercadoria). 

Segundo as fontes contactadas pela Lusa, estiveram envolvidos uma viatura que seguia de Canchungo para Bissau e outra que ia de Bissau para Bula.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

 
 
AUTORIDADE REGULADORA NACIONAL
 

 

Na Guiné-Bissau há cerca de 40 rádios. Nesse grupo incluem-se a Rádio Nacional, as rádios comerciais e as emissoras comunitárias. Mas as rádios não têm licenças definitivas de funcionamento.

Todas as rádios operam com licenças provisórias de seis meses, que normalmente são atribuídas apenas para que o proprietário possa adquirir os equipamentos necessários para abrir uma estação radiofónica no país. Passados seis meses, o requerente deveria entregar um projeto técnico solicitando a licença definitiva. No entanto, isso não acontece há décadas.

Segundo a Autoridade Reguladora Nacional (ARN), mais de 80 por cento das rádios a funcionar na Guiné-Bissau não entregaram um projeto técnico. A ARN avisa que as rádios terão de o fazer até 31 de março, caso contrário a partir dessa data as autoridades começarão a silenciar as emissoras ilegais.

 

"Até 31 de março, todas as rádios que estão a funcionar na Guiné-Bissau devem entregar o projeto técnico. Aliás, é uma obrigação", referiu o presidente da ARN, Gibril Mané, acrescentando que a autoridade vai fazer o possível para regularizar o setor.

No país, é comum haver rádios com antenas superiores à licença provisória atribuída. Também acontece com frequência que as rádios não têm filtros harmónicos, dispositivos que eliminam as interferências de outras emissoras numa determinada frequência.

"É inconcebível entender que uma rádio funciona sem filtro harmónico", disse o responsável da ARN, Gibril Mané. Cada um deveria poder emitir os seus programas na frequência que lhe foi atribuída, sublinhou, mas "não é isso que se está a passar na Guiné-Bissau."

 

Segundo Mané, neste momento a ARN dispõe de equipamentos para fiscalizar a atuação das rádios, incluindo a Rádio Nacional e a televisão pública, e isso incluiria uma viatura tecnicamente equipada e um sistema informático fixo, que teria custado cerca de 575 mil dólares.

 

É para disciplinar o mercado", disse o responsável. "A partir de agora, todas as rádios irão respeitar a licença e a frequência que lhes foram atribuídas" e, alerta Mané, o veículo da ARN pode inclusive "bloquear automaticamente as estações em caso de incumprimento".

A Autoridade acaba de lançar o novo sistema de fiscalização que permite verificar se as rádios estão a emitir nas frequências atribuídas e fiscalizar também todas as irregularidades, tanto a nível de operadores de telefones móveis, como de rádios.

DW

 

CAROS CAMARADAS,

 

MAIS HOJE MAIS UMA VEZ, VEIO A TONA DIVERSAS NOTÍCIAS SOBRE A GUINÉ BISSAU, MINHA PÁTRIA AMADA:

 

CONFUSÃO, DESENTENDIMENTO ENTRE OS DIFERENTES ATORES E CONDUTORES DO DESTINO DO PAÍS. SENDO OU NÃO VERDADE A GUINÉ E OS SEUS BONS FILHOS, TODOS JUNTOS TÊM QUE PÔR UM TRAVÃO NISTO, CHEGA.

 
 

CAMARADAS,

 

HÁ QUEM DIGA QUE:

 
 

" O MUNDO TORNOU-SE UM LUGAR PERIGOSO DE VIVER, NÃO POR CAUSA DAQUELES QUE FAZEM MAL, MAS SIM, POR CAUSA DAQUELES QUE OBSERVAM  E DEIXAM O MAL ACONTECER. "

 
 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

FIM DA VISITA DO FMI DEIXA ESPERANÇA



Num comunicado divulgado a missão diz o seguinte:


A missão realizou uma avaliação preliminar dos desenvolvimentos macro económicos em 2012 e das perspectivas para 2013. A actividade económica foi afectada adversamente pela queda acentuada nos volumes de exportação e preço da castanha de caju, e pela diminuição da assistência dos doadores na sequência do golpe de Estado de Abril último. Embora a situação continue difícil  devido às incertezas políticas existentes, espera-se que a economia recupere em 2013, fruto de uma retoma da produção e exportação do caju.

A missão também discutiu a proposta do Governo para o orçamento de 2013 e passou em revista a situação do apoio dos doadores e de outros parceiros de desenvolvimento. A estabilidade fiscal deveria articular-se num plano orçamental coerente com projecções prudentes da receita interna e dos donativos externos. A missão saúda o empenho das autoridades no reforço da gestão das finanças públicas e da administração tributária e aduaneira, e o FMI coloca-se à sua disposição para fornecer assistência técnica nessas áreas.

As discussões continuarão durante as reuniões da Primavera do FMI e do Banco Mundial em Washington, em Abril. Posteriormente, uma missão do FMI regressará a Bissau no contexto das discussões de 2013 da consulta do Artigo IV.

Lord Teverson, Presidente da Comissão para os Negócios Estrangeiros e Europeus da Câmara dos Lordes (o Senado Britânico), irá proferir amanhã um discurso na Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau

Lord Teverson irá apelar aos deputados da Assembleia Nacional Popular - ANP, para apostarem no processo de Reconciliação Nacional e dirá aos parlamentares o seu “dever fundamental de conduzir a Guiné-Bissau para um futuro melhor”.

A “Union Jack”, a bandeira do Reino Unido, foi hasteada na Assembleia Nacional Popular para celebrar esta visita. Lord Teverson é membro do Grupo Parlamentar Britânico para a Guiné-Bissau.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

FMI DE VISITA A GUINÉ BISSAU...

 

A retoma das actividades do Fundo Monetário Internacional na Guiné-Bissau pode significar o regresso de outros doadores internacionais, afirmou o ministro das Finanças do governo de transição da G.Bissau, Abubacar Demba Dahaba.

Uma equipa do FMI está em Bissau numa visita de prospeção.

O representante do FMI para a Guiné-Bissau disse ter aproveitado as consultas na capital para analisar e dar opinião sobre a proposta do Orçamento Geral do Estado para 2013, e ainda discutir as propostas de apoio, particularmente na área tributária e da reforma das finanças públicas.

O FMI suspendeu a ajuda à Guiné-Bissau na sequência do golpe de estado de Abril de 2012

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

PAULO TORRES DISPONÍVEL PARA A SELEÇÃO DA GUINÉ BISSAU

O treinador português Paulo Torres endereçou uma carta ao presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), Manuel Lopes, manifestando vontade de treinar a seleção do país.

Em carta a que a agência Lusa teve esta sexta-feira acesso, e que está a ser divulgada na imprensa guineense, Paulo Torres diz-se «apaixonado pelo talento que existe nos jogadores guineenses» e ainda lembra ao presidente da FFGB o fato de ter estado dois meses seguidos no país onde pode comprovar o que diz na missiva.

Antigo jogador do Sporting e campeão do mundo de 20 por Portugal, Paulo Torres sustenta a sua ambição de orientar a seleção guineense na base de um projeto de desenvolvimento do futebol local a implementar em três anos.

«Escrevo esta carta com maior dedicação e paixão, ficando desde logo ao vosso dispor, sentindo que conseguirei mudar o futebol da Guiné-Bissau num espaço de três anos. Quero conquistar a vossa confiança e a do povo da Guiné-Bissau», lê-se na missiva do treinador português.

Paulo Torres promete trabalho e profissionalismo para merecer a confiança dos guineenses, predispondo-se para viajar para a Guiné-Bissau logo que for chamado pelo presidente da Federação.

A Guiné-Bissau foi orientada entre abril de 2010 a outubro de 2011 pelo técnico luso Luís Norton de Matos, que entretanto, deixou a seleção guineense para orientar a equipa B do Benfica.

Em junho passado e no jogo diante dos Camarões, a contar para as eliminatórias para o Mundial de 2014, a Guiné-Bissau foi orientada por um outro técnico português, Carlos Manuel, na altura, apresentado pelo presidente da Federação guineense de futebol como sendo o selecionador nacional.

De lá para cá o nome de Carlos Manuel nunca mais voltou a ser falado como selecionador da Guiné-Bissau.

SPORTINFORMA/SAPO

BOAD FINANCIA RECUPERAÇÕES DE RUAS DE BISSAU

O Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD) vai financiar em 41 mil milhões de francos CFA (82 milhões de dólares) a reparação das vias urbanas da cidade de Bissau, nos termos de um acordo assinado sexta-feira com o governo de transição da Guiné-Bissau.

O ministro das Finanças, Abubacar Demba Dahaba, disse na ocasião que o projecto visa melhorar as condições de vida e de circulação da população na capital guineense, em dez dos 47 bairros de Bissau, facilitando o acesso aos centros administrativos e comerciais até ao porto local.

O projecto vai permitir reparar 43,12 quilómetros de vias urbanas, indo a empreitada ser efectuada em três fases que contemplarão 13,50 quilómetros na primeira fase, 14,82 na segunda e 14,80 quilómetros na última.

O ministro disse ainda que as obras iniciam-se com a reparação da estrada em torno de Bissau, passando pelo porto.


MACAUHUB

" GUINÉ, LANTA DJA...."


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau contra Comissão anunciada por partidos

 

 

Doze organizações da sociedade civil guineense anunciaram hoje que se recusam a participar em qualquer iniciativa que fira os princípios constitucionais e responsabilizam as autoridades de transição e regionais pelo "colapso do processo de transição".

Em causa está a criação de uma Comissão Multipartidária e Social de Transição, anunciada recentemente por alguns partidos políticos, que de acordo com as organizações terá as mesmas competências que a Assembleia Nacional, "o único órgão legítimo do qual emana a legitimidade dos demais órgãos de transição".

A ir em frente, essa Comissão será um golpe contra o Parlamento e visará "ressuscitar a velha intenção de criar um Conselho Nacional de Transição, rejeitada pela esmagadora maioria dos atores nacionais e da comunidade internacional", diz o comunicado, assinado entre outros pela Liga dos Direitos Humanos.


LUSA

GREVES E MAIS GREVES

DEPOIS DOS PROFESSORES, AGORA SÃO OS SINDICATOS DO SECTOR DA JUSTIÇA QUE VÃO DAR INÍCIO AMANHÃ, DIA 19, UMA GRVE DA 3 DIAS.

Craição da Comissão Multipartidária Social de Transição (CMST) :

 " o objectivo único desta comissão é de substituir as regalias e competências do parlamento e eu jamais aceitarei isso".
SORY DJALÓ - Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Peter Thompson, o mediador internacional para o processo de reconciliação nacional da Guiné-Bissau, fala da esperança numa solução negociada para a crise guineense e no que falta para garantir a viabilidade do conturbado país.


Que expectativa tem sobre o sucesso do processo de reconciliação agora lançado?
Estou optimista. Chegou a altura do povo da Guiné-Bissau encontrar uma solução comum para os seus problemas. O meu lema para o processo de reconciliação é «um futuro partilhado». Um futuro partilhado implica uma discussão partilhada sobre identidade nacional [guineense] e essa discussão deve ocorrer na Assembleia Nacional Popular, onde todos os cidadãos estão representados. Em comparação com o nosso processo de paz, na Irlanda do Norte, os problemas fundamentais [da Guiné-Bissau] não são tão complicados. Na Irlanda do Norte, tivemos de lidar com o problema da religião, do que estava certo e do que era errado. Na Guiné-Bissau é uma questão de construir consensos através do diálogo. O povo da Guiné-Bissau quer todo
o mesmo futuro, mas tem diferentes maneiras de interpretar a solução.
Foram traçadas algumas ‘linhas vermelhas’ na negociação?
Não, eu não aceito «linhas vermelhas». A única forma de criar um futuro partilhado é através de um debate aberto. Fiquei muito impressionado pela capacidade dos políticos guineenses em sentarem-se à volta de uma mesa e, abertamente, discutirem as suas divergências. Se alguém quer dizer algo, diz. Em comparação, já estive envolvido em conversações noutros estados, onde dois partidos políticos não podiam estar na mesma sala juntos. Não nos podemos esquecer que, na Irlanda do Norte, conseguimos trazer e juntar na mesma mesa de negociações os piores inimigos – pessoas que se tentaram matar umas às outras, que mataram pessoas da família com quem estavam agora a conversar. Acho que a grandeza de um homem define-se pela sua capacidade de se reconciliar com o inimigo.
É expectável a realização da segunda volta das presidenciais interrompidas pelo golpe de Abril de 2012?
De um ponto de vista técnico e logístico, penso ser impossível acontecer uma segunda volta das eleições presidenciais [de 2012]. Acredito que agora todos os partidos políticos estão a preparar-se para um novo processo eleitoral. Tive a oportunidade de ser um dos observadores internacionais na primeira volta e espero que as eleições possam ocorrer o mais cedo possível.
E o regresso de Carlos Gomes Júnior ao poder?


Penso que essa é uma questão para os partidos políticos que escolhem os candidatos e para o povo da Guiné-Bissau que vota neles.
Falou com elementos das forças armadas? Há algum interesse genuíno da parte dos golpistas militares na resolução da crise?

Os veteranos das Forças Armadas estão representados numa subcomissão do proceso de reconciliação nacional. A maior preocupação dos soldados é o seu futuro em termos económicos. Se eles deixarem as Forças Armadas como parte da reforma do sector da segurança, o que terão fazer para ganhar dinheiro? Por isso é que ficam nas Forças Armadas até serem idosos, com uma arma numa mão e um saco de arroz noutra. Talvez, ao encontrar-se uma solução para este problema, poder-se-á dar às Forças Armadas um papel mais construtivo na sociedade. Criar oportunidades económicas para os militares que queiram deixar as Forças Armadas acabará também por contribuir para a luta contra o crime organizado, que é o pior tipo de ‘oportunidade económica’.
Tem falado com cidadãos comuns? O que lhe dizem os guineenses?
Tenho sim. Nos últimos quatro anos, visitei cada região do país e, de forma regular, visito mesquitas, igrejas e escolas para ouvir a opinião das pessoas. Como sabemos do processo de paz na Irlanda do Norte, o maior desafio é criar um futuro partilhado para que cada parte o sinta como seu. A reconciliação nacional deverá ser ‘propriedade’ não só de políticos, mas de taxistas, vendedores do mercado e agricultores – as mulheres e homens comuns da Guiné-Bissau. Se a paz é um negócio, a sua população é a sua accionista. Os líderes das organizações internacionais deviam passar mais tempo fora da capital, com o povo da Guiné-Bissau: estes têm um sentido de esperança que inspira. O povo da Guiné-Bissau tem os mesmos desejos que o povo português – uma boa educação, um emprego estável e uma boa qualidade de vida para a sua família. O cidadão guineense comum não quer nem deseja violência, conflitos ou crimes. Não estão interessados em políticas de culto de personalidade nem estão interessados que os militares façam política. Querem as mesmas coisas que eu e você.
A luta interna no PAIGC fragiliza o processo?
Lutas internas nos partidos são um processo normal na democracia. Desde que estas disputas sejam pacíficas e justas e não prejudiquem o processo de reconciliação. Espero que todos os partidos políticos tenham debates vivos nas disputas pelas respectivas lideranças, mas também na construção da paz, do desenvolvimento e da justiça social.
Como nasceu este processo?
Inicialmente, o processo de reconciliação nacional foi estabelecido pela Assembleia Nacional Popular em 2009. Foi originariamente criado com o apoio das Nações Unidas para melhorar as relações entre as várias etnias, discutir a identidade nacional, a compensação das famílias das vítimas e o legado do conflito – basicamente, todos os problemas do país desde a sua independência de Portugal. Eu fui um observador internacional neste processo. Vejo o meu papel de conciliador como uma continuação do trabalho que já fiz no passado, mas, claramente, as circunstâncias são muito diferentes agora e há maiores desafios para reconciliar os vários pontos de vista e para criar alguma harmonia entre os políticos guineenses. A Assembleia Nacional Popular é um espaço de muita abertura – todos são francos e eu próprio devolvo essa mesma franqueza. As pessoas da Irlanda do Norte são famosas por dificilmente enganarem.
Como surgiu o convite para a mediação?
Já me encontrava envolvido na comissão há alguns anos como observador internacional neste processo (em conjunto com o meu colega, o político britânico Ian Paisley Junior). Sou o Coordenador do Grupo Parlamentar Britânico para a Guiné-Bissau e o Representante Africano da PACTX-NI, uma instituição britânica que partilha a experiência e o legado do processo de paz na Irlanda do Norte. Tenho experiência como negociador em conversações decorrentes de conflitos em vários estados africanos, usando as lições e o exemplo da Irlanda do Norte. Como Membro Observador da comissão de reconciliação, ia apresentar as lições do exemplo da Irlanda do Norte durante a Conferência de Reconciliação Nacional em Janeiro de 2012, organizada pelas Nações Unidas. Infelizmente, o antigo Presidente da Guiné-Bissau Malam Bacai Sanhá faleceu e a conferência foi cancelada. Depois do golpe de Estado em Abril, as actividades da Comissão e da Assembleia Nacional Popular pararam devido à crise política. Não queria que este processo acabasse, por isso acabei por desenvolver várias conversações e encorajar as partes a reunirem-se na Assembleia Nacional Popular para encontrarem, juntas, os caminhos para o futuro do povo da Guiné-Bissau – um futuro partilhado para todos. Os membros da Assembleia Nacional Popular decidiram que este novo processo necessitava de um moderador externo para contrabalançar todos os pontos de vista e argumentos, e eu aceitei este repto em Dezembro de 2012, com o apoio do Grupo Parlamentar Britânico para a Guiné-Bissau e o povo guineense.
Há uma solução para esta crise? É razoável acreditar no regresso à ordem constitucional?
Sim, acredito que há uma solução a ser encontrada. Mas esta solução deverá ser uma solução guineense para problemas guineenses. Se for à biblioteca, não irá encontrar um livro chamado “Como resolver os problemas da Guiné-Bissau”. As respostas têm de ser encontradas no coração e na mente do povo da Guiné-Bissau. A comunidade internacional pode ajudá-lo a compreender o que deseja, mas precisa também de lhe dar os recursos e ferramentas para criar um futuro partilhado por si próprio. Quanto à ordem constitucional, esta não é negociável – é o direito do povo da Guiné-Bissau.
Qual o paralelo entre a crise crónica da Guiné-Bissau e a da Irlanda do Norte?
São dois países etnicamente diversificados de 1,7 milhões de pessoas, em luta para encontrarem uma identidade nacional unificada. Após 40 anos de um conflito sectário e de milhares de mortes, os políticos da Irlanda do Norte aprenderam a unir uma das mais divididas sociedades do mundo. Estabelecemos várias instituições de reconciliação importantes, incluindo uma Comissão para Vítimas e Sobreviventes, e um departamento na polícia para investigar crimes históricos. O futuro partilhado é agora uma obrigação legal do Governo da Irlanda do Norte. Uma outra experiência relevante é o nosso processo de reforma do sector de segurança. A Irlanda do Norte tem actualmente o mais abrangente e bem sucedido exemplo de reforma no sector de segurança no mundo actual. Foi criado um serviço de segurança centrado na comunidade, inclusivo de todas as crenças e tradições da comunidade e de todos os seus actores políticos. A Guiné-Bissau poderá aprender muitas lições desta experiência e eu estarei a trabalhar sem cessar para promover o exemplo da Irlanda do Norte e os seus valores de reconciliação e justiça. Muitos dos políticos mais importantes da Irlanda do Norte manifestaram o seu apoio a esta minha determinação.
Qual o papel do crime organizado nesta crise?
Claramente, a Guiné-Bissau com o tráfico de droga que vai até à Europa a partir da América Latina. Mas para lá da questão, bem conhecida, do tráfico de droga, não devemos esquecer outras formas de crime que ocorrem no país e em toda a região, incluindo a desflorestação ilegal, a venda de medicamentos contrafeitos e o turismo sexual pedófilo. São crimes que destroem comunidades e famílias e que receio que ocorram todos os dias na África Ocidental, rendendo milhões de euros para criminosos em Portugal, Reino Unido e em todo o lado. De um ponto de vista da reconciliação nacional, é óbvio que um sistema político mais coeso e uma economia mais estável podem desempenhar um papel mais decisivo na luta contra o crime organizado.
Esteve reunido recentemente com Bill Clinton, qual a visão do ex-Presidente dos EUA sobre a crise guineense?
O Presidente Clinton foi um dos negociadores-chave no nosso processo da Irlanda do Norte. É uma das pessoas que nos ajudou a criar um futuro partilhado e as suas experiências são uma importante inspiração para o meu trabalho em Bissau. Estive com ele várias vezes para discutir a reconciliação nacional. Encorajou muito o meu trabalho e espero revê-lo em breve para partilhar com ele o nosso progresso em Bissau.
Como vêem Reino Unido e os EUA a Guiné-Bissau?
A maioria das pessoas não conseguem sequer encontrar a Guiné-Bissau no mapa. Há muito pouco comércio ou investimento e nenhuma ligação cultural com o país. Esta é uma das razões pela qual os problemas ficaram escondidos da comunidade internacional. O melhor contributo possível da parte do Reino Unido será o de partilhar as lições do processo de paz da Irlanda do Norte.
A comunidade internacional esqueceu o país? Que apelo lhe faz?


Talvez não tenha esquecido, mas pode ter negligenciado. O mundo enfrenta muitos desafios actualmente, no Médio Oriente, no Norte de África e em todo o lado. A Guiné-Bissau pode não ser uma prioridade na mesma escala hoje, mas merece ter-se em consideração o que acontecerá no futuro se uma solução partilhada para a crise política actual no país não for encontrada agora. Como o meu médico costuma dizer sempre, a prevenção é melhor do que a cura. Vamos resolver os desafios que o povo da Guiné-Bissau enfrenta agora antes que estes se tornarem amanhã em problemas maiores para o resto do mundo. Vamos reforçar as instituições do Estado e criar incentivos para a democracia. Isto irá prevenir a maioria dos problemas mais graves.
Que contactos tem mantido com outros actores externos como Angola, Portugal e a Nigéria?
Tenho com regularidade encontros com representantes destes três países. Angola e Nigéria são países importantes em África e têm a oportunidade de exercer uma influência positiva no desenvolvimento do continente. Em relação a Portugal, sou com regularidade convidado para a Assembleia da República. Alguns dias antes do golpe de Estado, estive no Palácio de São Bento para expressar as minhas preocupações e quando regressei de Bissau, onde estava a monitorizar as eleições, três semanas depois do golpe de Estado, fui directamente para o Parlamento em Lisboa para me reunir com membros da Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros. A minha relação com Portugal é muito construtiva e espero que Portugal seja um forte apoiante do processo de Reconciliação Nacional. Culturalmente, Portugal é um irmão mais velho da Guiné-Bissau e penso que pode ter um papel fundamental no desenvolvimento do país. Sei que a relação entre os dois Estados passou por algumas dificuldades, mas o povo português pode beneficiar das oportunidades económicas de uma Guiné-Bissau em paz e estável. Talvez agora seja um bom momento para Portugal ter um debate relativamente à sua relação com a Guiné-Bissau.
A CEDEAO é finalmente um parceiro ou mantém-se um obstáculo neste processo?
A CEDAO é um importante actor no esforço internacional, em conjunto com a União Africana, a União Europeia e as Nações Unidas. Nenhum destes actores é um obstáculo se estão a contribuir. Para ser honesto, a melhor contribuição que a CEDAO e outros podem fazer é unirem-se e proporem uma solução conjunta para o desenvolvimento deste país pobre. Ninguém tem todas as respostas sozinho.
Como observa a desestabilização progressiva de toda a África Ocidental?
Preocupa-me, e o mundo deverá prestar atenção. A África Ocidental tem muitos estados frágeis, vulneráveis ao crime organizado, à destabilização política e ao terrorismo. Estes são problemas que vão chegar a Lisboa, Londres e a todo o lado se não forem contidos rapidamente. A Guiné-Bissau é um dos Estados mais frágeis de África e todos precisamos de trabalhar para evitar a desintegração regional.
Acredita na viabilidade da Guiné-Bissau? De que necessita o país?
Sim, acredito no futuro do país. O povo da Guiné-Bissau é extremamente determinado. Sabe que a Guiné-Bissau chegou a ser uma colónia britânica durante 16 meses, entre 1792 e 1793 e tivemos de sair porque a população local era muito dura? O povo guineense é orgulhoso, determinado e inteligente. Os guineenses querem um futuro partilhado, mas precisam de ajuda para criar este debate partilhado. A maioria dos problemas actuais – por exemplo, as eleições e os militares – surgiram devido a uma falha de entendimento mútuo. De um ponto de vista de curto prazo, as instituições democráticas do país necessitam de ser reforçadas – a Assembleia Nacional Popular deve ser fortalecida para reflectir-se como a voz eleita do seu povo. O sector público deve ser mais eficiente em termos financeiros e os sectores de segurança e justiça precisam de aprender as lições dos países vizinhos. De um ponto de vista de longo prazo, o país precisa de uma reforma económica total. Um sector público sustentável, uma política fiscal realista e uma forma viável de comercializar os seus recursos naturais, são as únicas formas de o país construir um futuro sólido.

SOL

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

GENTE DE BOA VONTADE



 

A ONG Mundo a Sorrir (MAS) apresentou esta semana o balanço da sua atividade na Guiné-Bissau, durante os doze meses de 2012. Os números mostram que no ano que passou, que era o sexto de atividade da ONG naquela região africana, foram realizadas 100 palestras, abrangendo 6.165 crianças e 560 adultos. Realizaram-se selantes de fissura em 150 crianças e aplicação tópica de flúor em 1663 crianças. Ao todo, fizeram-se ainda 2.500 tratamentos dentários.




Os números resultam do trabalho de centenas de voluntários, mas também do apoio de empresas, instituições (como a Clínica de Santa Madalena, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Câmara Municipal do Porto ou a Fundação Portugal-África) e dos particulares que colaboraram através do jantar de angariação de fundos para o projeto "Sorrir para a Guiné-Bissau".

A MAS é uma organização sem fins lucrativos que atua no campo da Saúde Oral, junto de populações desfavorecidas, desde 2005. O seu mentor e fundador, o médico dentista Miguel Pavão, venceu em 2012 o Prémio Herói do Ano, atribuído pela VISÃO Solidária e pelo Montepio.

Desde a sua existência, a Mundo a Sorrir desenvolveu 19 projetos, 834 ações de sensibilização, 31.556 rastreios e 7.035 consultas com a ajuda de 246 voluntários, que permitiram beneficiar 51.228 pessoas.



VISÃO



ORA ESSA !!!!!!!

SABE-SE QUE ENCOTRA-SE EM DISCUSSÃO O NOME DO FUTURO PRESIDENTE DAS CNE-COMISSÃO NACIONAL DAS ELEIÇÕES.

PARA JÁ NÃO HÁ ENTENDIMENTO. SE ESTA SITUÇÃO DE DESENTENDIMENTO CONTINUAR SERÁ A CEDEAO A IMPÔR UM NOME(AO QUE TUDO INDICA SERÁ UM SENEGALÊS OU UM NIGERIANO)...

SÓ FALTAVA ESSA... O ESTADO EM QUE A NOSSA GUINÉ CHEGOU...QUE DEUS NOS PROTEJA.


AFINAL EM QUEM DEVEMOS ACREDITAR...???



DEPOIS DE TER ASSINADO O PACTO DE TRANSIÇÃO, AGORA QUER PARTICIPAR NUM GOVERNO DE BASE ALARGADA:

“Consideramos que a adesão do PAIGC (ao Pacto) tem de ter repercussões num Governo de base alargada e de consenso”, DISSE OSCAR BARBOSA, MEMBRO DO PARTIDO E DO ÚLTIMO GOVERNO DERRUBADO.


POR OUTRO LADO O PAIGC NÃO CONCORDA COM A CRIAÇÃO de uma Comissão Partidária Social de Transição.



EU, SÓ SEI QUE ACREDITO NA GUINÉ, A MINHA PÁTRIA, DO RESTO É TUDO FARINHA DO MESMO SACO

FOTOGRAFIA TIRADA NA GUINÉ BISSAU DÁ PRÉMIO



O fotógrafo português Daniel Rodrigues ganhou o primeiro prémio na categoria de "Daily Life" do World Press Photo 2013, cujos vencedores foram anunciados esta sexta-feira.

A fotografia que valeu o prémio a Daniel Rodrigues foi tirada na Guiné Bissau e retrata um jogo de futebol num campo de terra batida, em que diversos jovens se debatem pela bola.

O grande vencedor do concurso deste ano foi um fotógrafo sueco, Paul Hansen, do jornal sueco Dagens Nyheter, com uma fotografia do cortejo fúnebre da menina de dois anos Suhaib Hijazi e do seu irmão de três, Muhammad, numa rua da cidade de Gaza a 20 de novembro de 2012.



"A força das imagens reside na forma como contrasta a fúria e pesar dos adultos com a inocência das crianças", disse a peruana Mayu Mohanna, membro do júri. "É uma fotografia que não esquecerei", acrescentou.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

FALAR A UMA SÓ VOZ EM RELAÇÃO A GUINÉ


O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antônio Patriota, disse que as Nações Unidas devem fazer com que haja harmonia entre vários atores para a solução da crise na Guiné-Bissau.
A ONU apoia esforços para estabilizar o país, após o golpe de estado militar de 12 de Abril do ano passado.

As declarações do chefe da diplomacia brasileira foram feitas numa entrevista exclusiva à Rádio ONU, em Nova Iorque, antes de participar no diálogo de alto nível, no Conselho de Segurança, sobre a proteção de civis em conflitos.

"Há exemplos de boa coordenação mas também, às vezes, existem situações em que nós vemos uma certa cacofonia. No caso da Guiné-Bissau, por exemplo, em que as mensagens não se harmonizam suficientemente entre o que está dizendo a Comunidade dos Países da África Ocidental e entre o que dizem outros atores importantes. O papel das Nações Unidas deve ser o de fazer com que todos trabalhem em harmonia", referiu.
A comunidade internacional tem lançado repetidos apelos em prol do de um governo civil e a restauração da ordem constitucional no país, que é administrado por autoridades interinas.

A GUINÉ, DE TRANSIÇÃO EM TRANSIÇÃO...UUFFF.



Partidos políticos e organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau vão propor ao Presidente de transição a criação de um espaço de concertação para gerir “um novo período de transição” a iniciar a partir de 16 de maio.

Segundo fontes partidárias, a criação de um novo espaço, que poderá ser designado Comissão Partidária Social de Transição, foi estudada numa reunião que juntou hoje partidos políticos, organizações da sociedade civil e sindicatos.

A ideia, disse à Lusa uma fonte sindical, é propor ao Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, a criação de um órgão de diálogo “que saia fora do âmbito puramente partidário” e que possa “ajudar o período de transição”.

Tanto as fontes partidárias como as sindicais que participaram no encontro, que juntou cerca de 70 pessoas, disseram à agência Lusa que as partes tentam encontrar “uma plataforma de diálogo nacional” que possa vir a gerir o país a partir do dia 16 de maio, data em que formalmente termina o atual período de transição fixado depois do golpe de Estado de 12 de abril de 2012.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que apoia as atuais instituições que gerem a transição na Guiné-Bissau, acordou com a maioria de partidos guineenses que as eleições gerais deveriam ter lugar um ano após o golpe de Estado, mas as autoridades de Bissau já afirmaram ser impossível cumprir esse calendário por falta de condições técnicas e financeiras.

Nos últimos dias, quase todos os partidos e organizações da sociedade civil guineense têm vindo a público afirmar ser necessário fixar-se uma num novo calendário de transição.

Confrontado com a ideia, Orlando Viegas, porta-voz do encontro, confirmou à Lusa que as partes estão a arranjar uma solução para após o período de transição e que esse exercício deve ser de todos os guineenses.

Após a aprovação da proposta pelos partidos e organizações da sociedade civil o documento será remetido ao Presidente de transição, ao Governo e às chefias militares.


 

DEIXEM DE TRETAS E MARQUEM LOGO AS ELEIÇÕES...SÓ ASSIM A GUINÉ PODE ACOMPANHAR O MUNDO, RUMO AO DESENVOLVIMENTO.


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

POESIA

Ke ki mininu na tchora
I dur na si kurpu
ke ki mininu na tchora
I sangi ki kansa odja
Pastru garandi bin
Ku si obus di figu
Pastru garandi bin
Ku si obus di matansa
Montiaduris ki ka kunsidu
E iara e fugia na tabanka
Montiaduris pretus suma nos
E iara e fugia na bolaña
Matu kema
Kasa kema
Dur, dur, dur na no alma


JOSÉ C. SCHWARZ

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Num estado democrático existem duas classes de políticos: Os suspeitos de corrupção e os corruptos.

Roniza Ivan R. Pires

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O CARNAVAL :




UMA FESTA COM ORIGEM NA GRÉCIA, ONDE OS GREGOS REALIZAVAM OS SEUS CULTOS PARA AGRADECER OS DEUSES PELA FERTILIDADE DO SOLO E PELA PRODUÇÃO.

DEPOIS, ESTA COMEMORAÇÃO PASSOU A SER ADOTADA PELA IGREJA CATÓLICA.

 

A GUINÉ ESTE ANO VAI APROVEITAR ESTA ONDA DE FESTA PARA PROMOVER ALGUNS PRODUTOS NACIONAIS (ENTRE OS QUAIS: SUMO DE CAJÚ E DE MANGA...)


BOA INICIATIVA...









sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

OVÍDIO PEQUENOO representante especial da União Africana (UA) na Guiné-Bissau, Ovídio Pequeno, declarou quinta-feira em Paris que nada se opõe ao regresso ao seu país do antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, refugiado em Portugal após o golpe de Estado de abril de 2012.

«O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), ao qual pertence Carlos Gomes Júnior, assinou o acordo de transição. Para nós, já não existe nenhum obstáculo ao seu regresso nem ao dos outros exilados na Guiné-Bissau”, disse o diplomata santomense.

MOVIMENTO PRÓ-CIDADANIA



Impulsionada pela ex-ministra Odete Semedo, a mais recente organização guineense vai focar as atividades no registo civil de milhares de pessoas, na alfabetização e no reconhecimento oficial dos casamentos tradicionais.

A atravessar um período de forte instabilidade política, desde o golpe de Estado de 12 de abril do ano passado, a sociedade Guineense conta com uma nova organização. O Movimento Pró-cidadania visa despertar os cidadãos para questões práticas de cidadania e facilitar vários processos na vida de milhares de pessoas.

Odete Semedo, presidente da assembleia do novo movimento, reconhece os solavancos políticos que vão travando o avanço do país, mas considera que a sociedade não pode parar por causa desses acontecimentos.

"Entendemos que devemos fazer alguma coisa, acordar as pessoas. Porque falar de cidadania, de alfabetização, é acordar as pessoas para uma participação ativa e positiva dos cidadãos e cidadãs. É como se nós tivéssemos a bater à porta da Guiné-Bissau e a dizer às pessoas que há outras coisas que são prioritárias, que não esses conflitos, querelas de lugares", destacou Semedo na entrevista que concedeu à DW África.

Este movimento pretende ser intermediário, facilitador desse processo, e "trabalhar nos bairros periféricos de Bissau, numa primeira fase, para um levantamento de crianças que ainda não estão registadas, de crianças, jovens e adultos que não estão registadas e não têm o Bilhete de Identidade (BI) e por isso falta-lhes uma participação ativa na sociedade guineense", acrescenta.

De acordo com o Ministério da Justiça do país, cerca de 60% da população não tem registo civil, entre um milhão e 700 mil guineenses.

Ainda em fase de legalização e de estruturação, o Movimento Pró-Cidadania é maioritariamente constituído por jovens. A presidir a mesa da assembleia, Odete Semedo, ex-ministra da Educação e da Saúde, é uma personalidade experiente. Antes do golpe de Estado, era chefe do gabinete do Presidente interino Raimundo Pereira, deposto em abril do ano passado.

Em articulação com outras organizações guineenses, o Movimento Pró-cidadania quer generalizar e facilitar o acesso a direitos fundamentais, promovendo a educação para uma cidadania ativa.

 

DW

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Relatório da ONU sobre Guiné-Bissau cita tortura e medo da população

Relatório das Nações Unidas constata que a insegurança e a impunidade continuam sendo "problemas graves a serem resolvidos com urgência" pelas autoridades da Guiné-Bissau.

As Nações Unidas anunciaram que a insegurança e a impunidade continuam sendo "problemas graves a serem resolvidos com urgência" pelas autoridades da Guiné-Bissau.
Falando no Conselho de Segurança, o subsecretário-geral para Assuntos Políticos Taye-Brook Zerihoun disse que a situação persiste, apesar do que chamou esforços positivos para garantir a inclusão no processo de transição.
Na reunião, o representante falou também sobre o que chamou de "clima generalizado de medo na população", após casos recentes de espancamento, tortura e intimidação. Para Zerihoun, os atos continuam restringindo a liberdade de reunião e de informação.
O país foi palco de um golpe militar em 12 de abril do ano passado, nas vésperas da realização do segundo turno das eleições presidenciais. Desde então, a comunidade internacional tem lançado repetidos apelos para o retorno ao regime civil e à restauração da ordem constitucional.
Os incidentes recentes incluem um ataque a uma base militar, em Outubro, que teria alegadamente resultado em várias mortes.
Na apresentação do informe do Secretário-Geral sobre os progressos no país, Zerihoun observou que nenhum dos envolvidos no ataque foi levado à justiça, apesar do fim das investigações e sua apresentação ao tribunal militar.
Zerihoun salientou que o Escritório Integrado da ONU de Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis, notificou o Ministério da Justiça sobre a matéria. Ele pediu uma ampla mudança nas políticas das autoridades para garantir uma transição pacífica e inclusiva.
No relatório, o representante falou de visitas efetuadas pela Uniogbis a prisões e centros de detenção, que confirmaram as condições inadequadas e falta de acesso dos presos à assistência médica, alimentos e água potável.
A restauração da ordem constitucional através de eleições voltou a ser apontada como prioridade por Zerihoun , que pediu o apoio da comunidade internacional para os esforços de combate à impunidade durante o período de transição na Guiné-Bissau.

AFRICA21

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

" FANADU "



Um cidadão guineense emigrante 19 anos em Portugal voltou à Guiné-Bissau, mandou excisar quatro meninas e foi preso por violar a lei, mas acabou em liberdade por pressão do governador de Gabu, leste da Guiné-Bissau.

A denúncia foi feita esta terça-feira à agência Lusa por Fatumata Djau Baldé, presidente do Comité Nacional de Luta para o Abandono das Práticas Nefastas, um consórcio de 18 ONG (organizações não-governamentais) nacionais e estrangeiras.
Djau Baldé, antiga ministra dos Negócios Estrangeiros, muçulmana e que em criança foi submetida à excisão, tem sido uma das principais opositoras à prática da mutilação genital na Guiné-Bissau. Esta quarta-feira assinala-se o Dia Internacional da Tolerância Zero em relação à mutilação genital feminina.

Visivelmente zangada pelo caso do emigrante de Gabu que mandou submeter à excisão as quatro raparigas, duas filhas e duas sobrinhas, Djau Baldé contou à Lusa que depois de o homem ter sido descoberto foi detido pela polícia, mas solto horas depois.

"O mais curioso de tudo isso foi que as autoridades administrativas que têm a responsabilidade de velarem pelo cumprimento da lei, neste caso o governador da região, foi à polícia exigir que se liberte o senhor, com o pretexto de acalmar alguma parte da comunidade de Gabu que não estava de acordo com a detenção do homem e da própria lei que proíbe a prática de excisão", explicou a ativista dos Direitos Humanos.

Fatumata Djau Baldé acrescentou que a polícia, "por pressão do Governador", mandou libertar o emigrante, quando na realidade devia era desobedecer à ordem do governador e dispersar os manifestantes.


JN

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

LULA da SILVA da GUINÉ-BISSAU

Vladimir Deuna, 29 anos, é o mais novo candidato à liderança do PAIGC, principal partido da Guiné-Bissau, e diz que se for eleito quer ser primeiro-ministro para implementar o modelo do ex-Presidente do Brasil Lula da Silva.

Em declarações hoje à Agência Lusa, Vladimir Deuna, licenciado em Direito no Brasil, (e falando com sotaque daquele país), diz que vai ser o futuro primeiro-ministro da Guiné-Bissau porque vai ganhar o congresso do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) que deve ter lugar em maio próximo.

“Quero reconciliar e renovar a família do PAIGC. O partido precisa da nova geração que não tem compromisso com ninguém senão com o povo. Vou ser presidente do partido e ir para eleições com quadros competentes para assumir a governação a partir das próximas eleições gerais”, afirmou Deuna.
O jovem Vladimir, que já apresentou formalmente a candidatura no passado fim de semana, diz que se for primeiro-ministro não vai perder tempo. A ideia é formar um “Governo coeso” e arrancar com o programa Fome Zero lançado pelo ex-Presidente do Brasil Lula da Silva.

“Quero ser o Lula da Silva da Guiné-Bissau. Amílcar Cabral (fundador do PAIGC e da nacionalidade guineense) dizia que devemos seguir os bons exemplos pois isso não é vergonha e nem é errado. Lula da Silva transformou o Brasil, antes de ele chegar ao poder a pobreza no Brasil era extrema mas ele diminuiu isso bastante. Eu quero fazer a mesma coisa aqui”, frisou.

“Eu quero salvar o meu povo. Como é que penso fazer isso? É ser presidente do PAIGC e logo ser candidato a primeiro-ministro, formar um Governo forte e implementar a política de Fome Zero na Guiné-Bissau”, explicitou.

Vladimir Deuna diz ser “um animal político”, que se preocupa com os demais, mas que quer cooperar com países que forem justos com a Guiné-Bissau.
“A Guiné tem potencialidades, é só fazer cooperação justa com países como Rússia, China, Cuba e Brasil”, observou Deuna, dizendo que não tem medo de nenhum dirigente que se queira candidatar à liderança do PAIGC.

E acrescentou: “Isto não é uma aventura, eu preparei-me para isto há muito tempo”.

“O meu nome é doutor Vladimir Deuna mas decidi chamar-me Vladimir Deuna Abel Djassi para homenagear a organização dos pioneiros do partido. Não tenho medo dos outros candidatos, porque eu sou jurista, com domínio do Estado. Não tenho medo das elites. Sou humilde, sou filho de camponês. Quero debates internos para que os militantes possam saber qual de nós está melhor preparado”, afirmou.

Até agora, formalizaram também já a candidatura à liderança do PAIGC Aristides Ocante da Silva, ex-ministro da Função Pública, o atual presidente do partido, Carlos Gomes Júnior, através de uma carta enviada de Portugal, onde se encontra desde que foi alvo do golpe de Estado de abril de 2012, que afastou também do poder o Presidente interino, Raimundo Pereira.

Também o ex-secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) Domingos Simões Pereira já manifestou a intenção de se candidatar, mas ainda não o fez formalmente.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

GUINÉ- BISSAU TEM DE ARRUMAR A CASA PARA PODER AVANÇAR


Olesegun Obasanjo, ex-Presidente da Nigéria, defendeu ontém(Sábado) em Bissau que a Guiné-Bissau tem de "colocar a casa em ordem" e "unir as mãos", para assim poder avançar. 
  
"A Guiné-Bissau tem grandes potencialidades, grande futuro, recursos naturais e humanos" mas não pode "continuar a destruir-se de qualquer forma, e já o tem feito muitas vezes", disse o estadista, concluindo: "Basta para a Guiné-Bissau". 
  
Olesegun Obasanjo falava ontém(Sábado) em Bissau na abertura do primeiro Fórum Económico, uma iniciativa do Instituto Benten, uma organização criada pelo economista guineense Paulo Gomes. 
  
Perante centenas de pessoas que assistiram os trabalhos sobre as perspetivas económicas para a Guiné-Bissau, o antigo estadista começou por dizer que as crises em África são sobretudo crises de liderança e defendeu que a crise mundial pode ser uma oportunidade para o continente.  
 
O antigo dirigente, que foi também Presidente da União Africana, admitiu que tem havido muitos problemas no continente, começando pela Nigéria, onde "tribalismo e corrupção" quase destruíram o país, mas avisou: "não se podem culpar só os políticos pelos erros porque eles não os cometeram sozinhos".
  
O Fórum destina-se a debater as potencialidades da Guiné-Bissau, que no entender de Paulo Gomes são muitas, da agricultura ao ambiente ou aos recursos naturais, como o petróleo. 
  
No seu discurso a iniciar os trabalhos o economista, antigo administrador do Banco Mundial, disse aos presentes que é esta a altura para investir no país, já que apesar dos atuais "problemas sérios" a Guiné-Bissau vai evoluir muito na próxima década, considerou. 
 
  
Serifo Nhamadjo, Presidente de transição, foi também ao Fórum salientar o potencial da Guiné-Bissau e explicar que a Guiné-Bissau não é "o que se fala", e que "as pessoas não são assaltadas logo que chegam ao aeroporto" nem "são raptadas por militares". 
 
  
"A equipa de transição é uma equipa politicamente legal. Este não é um regime militar", disse Serifo Nhamadjo, pedindo a todos que reflitam sobre a contínua instabilidade do país e sobre o que cada um fez para uma Guiné-Bissau melhor. 
  
Serifo Nhamadjo salientou que "o que a Guiné-Bissau possui dá para exportar" e defendeu que se faça sem demoras uma reforma das forças de Defesa e Segurança, na Função Pública e na Justiça, e talvez até na "organização geral do Estado".
  
Mamadou Lamine Loum, ex-primeiro ministro do Senegal, defendeu para a região, e para a Guiné-Bissau, o aprofundamento da integração regional, tanto mais que os países sozinhos "não tem capacidade para lidar com novas ameaças", e disse que "a África unida não é uma utopia mas sim um sonho".
  
Tanto Lamine Loum como Huco Monteiro (administrador do Ecobank)  defenderam para a Guiné-Bissau e para a região o reforço da cidadania, a par da integração.
  
"Penso que somos a integração melhor sucedida depois da União Europeia", disse Huco Monteiro, lembrando que tal acontece numa região que tem sido palco de sucessivos conflitos, a Guiné-Bissau mas também a Libéria, a Serra Leoa, a Costa do Marfim e mais recentemente o Mali.  


" TAPAR O SOL COM A PENEIRA "


O porta-voz do governo de transição da Guiné-Bissau acusou hoje os Estados "consumidores" de droga de ignorarem o seu pedido de ajuda no combate ao narcotráfico e denunciou uma campanha para conotar Bissau com um narcoestado.

"Não se entende que sejamos acusados de ser um narcoestado e não haja nenhuma prova nesse sentido. Até hoje não nos foi apresentada qualquer prova", disse Fernando Vaz em entrevista à Lusa em Lisboa.
Para o ministro de Estado, da Presidência, Assuntos Parlamentares e Comunicação Social, a associação ao narcotráfico resulta de "uma campanha feita contra a Guiné-Bissau".

DEUS QUEIRA QUE SIM



Vários investidores internacionais, que participaram no 1º Fórum Económico de Bissau, anunciaram projetos concretos para ajudar a economia do país, indicou o economista guineense Paulo Gomes, organizador do encontro.
De acordo com Paulo Gomes, ex-administrador do Banco Mundial para 24 países africanos, o Fórum, que terminou esta noite em Bissau, o encontro, que juntou mais de 100 convidados estrangeiros, "superou as expectativas".
Entre os investimentos anunciados pelos financiadores internacionais, Paulo Gomes destacou a promessa de um grupo em construir um banco de habitação na Guiné-Bissau, além de projetos no setor da agricultura, ecoturismo, energia e novas tecnologias.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

" DÉJÀ VU "




O Procurador-Geral da República da Guiné-Bissau, Abdú Mané, disse na quinta-feira passada que, a luta contra a impunidade é um dos objetivos do período de transição.

Mané falava à imprensa aquando da visita que efetuou à Esquadra de Polícia Modelo do Bairro-Militar, acompanhado do Comissário Nacional da Ordem Pública e de representantes do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné Bissau (UNIOGBIS).

Questionado sobre o caso relativo ao capitão Pansau N’Tchama , o Procurador Geral da República defendeu que é o Tribunal Superior Militar que tem competência para esse caso.

“Vocês todos souberam que, aquele que tem a competência para o seu caso é Tribunal Superior Militar, visto o crime ser essencialmente militar. É isso que posso avançar-vos”.

A Esquadra de Polícia Modelo do Bairro-Militar foi financiada pelo UNIOGBIS foi inaugurada a 12 de Setembro de 2011.

 

LUTA CONTRA IMPUNIDADE????? QUAL IMPUNIDADE??? AQUELA QUE ESTÁ A VISTA DE TODOS???? ATÉ QUANDO????  BRINCADEIRA.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

"CORRIDA" À LIDERANÇA DO PAIGC



O ex-secretário-executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira, confirmou hoje que vai entrar na disputa à liderança do PAIGC e a sua candidatura à presidência do partido guineense será apresentada entre "finais de fevereiro e o início de março".
"Posso assegurar que [a preparação da candidatura] está muito melhor do que eu podia perspetivar", disse a Lusa o dirigente, antigo secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, cargo que ocupou entre 2008 e 2012.
Presente em Lisboa "para ultimar a preparação do manifesto que vamos apresentar para a candidatura a liderança do PAIGC"", Simões Pereira explicou que a sua candidatura tem-se deparado com "um movimento bastante positivo" e "muita esperança por parte da sociedade" que possa "representar uma viragem importante no país".
Simões Pereira disse que tem sido bem acolhido no seu país, tem ouvido muitas recomendações: "todas no sentido de podermos levar uma apreciação e uma apresentação diferente para o país".
"Nós temos argumentado que a política não pode servir simplesmente como um trampolim para o poder. Nós pensamos que deve haver um debate de substância sobre os principais problemas com que se depara a Guiné, mas sobretudo, nós temos de apresentar projetos de sociedade", afirmou.
"Nós queremos dar esse passo, por isso, o nosso manifesto é uma apresentação da nossa visão sobre aquilo que a Guiné-Bissau, enquanto país, enquanto sociedade, carece e aquilo que pode ser o nosso contributo neste sentido", sublinhou ainda.
Domingos Simões Pereira é engenheiro civil e industrial, formado pelo Instituto de Engenharia de Odessa (Ucrânia) e mestre em Ciências da Engenharia Civil pela Universidade Estatal de Califórnia, em Fresno.
Simões Pereira foi conselheiro do primeiro-ministro da Guiné-Bissau para as Infraestruturas por conta do Banco Mundial, ministro das Obras Públicas, Construções e Urbanismo e também ministro do Equipamento Social, além de ter ocupado outros cargos na estrutura estatal guineense.
O antigo ministro dos Recursos Naturais, da Educação, da Defesa e da Função Pública, Aristides Ocante da Silva, também já apresentou, na semana passada, a sua candidatura a líder do PAIGC.
Braima Camará, presidente da Câmara de Comércio da Guiné-Bissau, mostrou a intenção de disputar a presidência do partido, mas ainda não formalizou a candidatura.
O primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, assumiu-se como "candidato natural" à presidência do país na semana passada.
O congresso do PAIGC deverá realizar-se em maio, depois de ser adiado, já que estava previsto para acontecer em janeiro.
A Guiné-Bissau sofreu um golpe de Estado, levado a cabo por militares, a 12 de abril de 2012 e o governo de transição prometeu eleições gerais em abril deste ano, entretanto, o sufrágio foi adiado.
Vários partidos políticos da Guiné-Bissau reuniram-se ontém na capital para debater o período de transição em curso, com uns a advogar que as eleições sejam realizadas em outubro deste ano e outros em novembro de 2014.

BOA SORTE A TODOS E QUE GANHE O MELHOR.