terça-feira, 30 de abril de 2013

CONSENSO



Políticos e outros responsáveis da Guiné-Bissau concordaram hoje no parlamento que as eleições gerais devem ser em novembro e que o período de transição deverá terminar a 31 de dezembro.
As propostas foram aprovadas pelos presentes numa reunião no parlamento (políticos, chefias militares, chefes religiosos e lideres sindicais) e resultaram de um consenso sobre o novo modelo para o período de transição em curso na Guiné-Bissau desde o golpe de Estado militar.
Além da realização de eleições gerais em novembro, em data a ser marcada pelo Presidente da República de transição, as partes concordaram também na formação de um novo Governo "mais inclusivo" e ainda na eleição de um novo presidente da Comissão Nacional de Eleições, cujo nome deve ser indicado pelo Conselho Superior de Magistratura Judicial.
O presidente do parlamento, Sory Djaló, anunciou que as partes chegaram a um acordo de princípio sobre aquilo que será o roteiro político e um pacto de regime, a serem apresentados no dia 02 de maio no parlamento para serem adotados como leis.
A ideia dos atores políticos e sociais da Guiné-Bissau é, de acordo com o presidente do parlamento, ter um roteiro de transição e um Governo inclusivo antes do dia 09 de maio, data em que a situação do país será debatida no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O chefe das Forças Armadas, general António Indjai, disse que os militares concordaram com os pontos propostos pelos políticos, mas pediu aos dirigentes do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), para que "deixem de ser guiados por 'Cadogo' - Carlos Gomes Júnior.

ELEIÇÕES...

OS DIRIGENTES DA G.BISSAU JÁ TEEM UM CONSENSO...ELEIÇÕES GERAIS SERÃO REALIZADAS ATÉ FINAIS DE NOVEMBRO.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

GOVERNO DE TRANSIÇÃO DA G.BIDDASU PEDE AJUDA DE IRÃO



O Governo de transição na Guiné-Bissau enviou o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades, Faustino Fudut Imbali, para a República do Irão, com o objectivo de manter encontros com as autoridades iranianas, até 30 de Abril.
Durante a estadia, o ministro Faustino Fudut Imbali vai analisar com as autoridades do Teerão, a concretização das promessas feitas por este país no quadro da ajuda à Guiné-Bissau.
Esta deslocação surgiu na sequência da recente visita que uma delegação iraniana efectuou à Guiné-Bissau, na qual foram avaliadas áreas de possível apoio, em que o Irão prometeu prestar ajuda a vários sectores do país.
De referir que o Governo de transição tem vindo enfrentar várias dificuldades de diversas ordens, tanto nos aspectos económicos como políticos, em consequência de golpe de Estado realizado a 12 de Abril de 2012.

PNN Portuguese News Network

PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DE FUTEBOL DA GUINÉ BISSAU ACUSADO DE AMEAÇAS DE MORTE



Um membro do comité executivo da Federação de Futebol da Guiné-Bissau acusa o presidente do organismo, Manuel Nascimento Lopes (Manelinho), de lhe ter feito ameaças de morte, caso persista em questionar a sua liderança.
Numa nota de imprensa, Inum Embalo, suspenso por ordens de Manuel Nascimento Lopes, diz que o presidente da Federação tem tido "comportamentos infantis e irresponsáveis".
Na carta, Embalo, até agora o membro do comité executivo da Federação encarregue do futebol feminino, afirma que Manuel Lopes o terá ameaçado de morte numa reunião e que este afirmou que se isso acontecesse sairia impune, porque "o país não tem pena de morte".
Além de presidente da Federação, Manuel Lopes é também empresário e deputado no Parlamento da Guiné-Bissau.
"O mais caricato e inacreditável foi que o Deputado da Nação expressou em alto e bom som de que o país carece de leis [não tem pena de morte] e mesmo que ele cometesse um crime de assassinato vai pagar a caução, porque tem dinheiro suficiente para tal e sairia impune de tal ato", lê-se na nota de imprensa.
Contactado pela Lusa, o assessor de imprensa de Manuel Nascimento Lopes disse que este não vai reagir neste momento.
Inum Embalo diz que se sente ameaçado e pede a proteção dos órgãos competentes, ao mesmo tempo que insta o Ministério Publico a averiguar as declarações de Manuel Lopes, que diz terem sido proferidas na presença de outras pessoas.


LUSA

JORNALISTAS DA CPLP QUEREM CRIAR OBSERVATÓRIOS DA LIBERDADE DE IMPRENSA







Jornalistas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) defenderam, no fim de semana, em Maputo, a criação de observatórios da liberdade de imprensa em cada um dos países, para a denúncia dos atropelos à liberdade de imprensa.

A necessidade de observatórios da liberdade de imprensa foi enfatizada na declaração final do Congresso Internacional dos Jornalistas de Língua Portuguesa, realizado na semana passada em Maputo.

No documento, os jornalistas da CPLP exigem que os poderes políticos e económicos dos estados membros da organização se abstenham de interferir no exercício da profissão.

"Os participantes ao congresso manifestam preocupação pela excessiva concentração de órgãos de comunicação social no mesmo grupo ou grupos económico-financeiros, alinhados com o poder estabelecido, impedindo dessa forma a existência do pluralismo informativo, da diversidade de meios e do são exercício do contraditório", dizem os profissionais da comunicação social da CPLP.

Na declaração, os jornalistas repudiam a alegada violação dos direitos dos jornalistas na Guiné-Bissau, em Angola e em Moçambique, exortando os poderes destes países para garantirem o respeito da liberdade de imprensa.

"Os jornalistas manifestam também a sua preocupação com a onda de despedimentos que tem afetado muitos profissionais em Portugal e no Brasil", lê-se no documento.

GUINÉ BISSAU: O FIM DO NARCO-ESTADO


            



A forma como a Guiné-Bissau está a transformar-se num narco-Estado preocupa a comunidade internacional, o continente africano e as organizações em que aquele Estado se encontra inserido.



A Guiné-Bissau está para a África Ocidental o que a Somália está para o outro extremo do continente, no que à degradação da situação política interna diz respeito motivada por factores diferentes. São duas situações que se mostravam como irremediáveis perante a União Africana numa altura em que se encaminham para abismo como Estados falhados. O plano da MISSANG era, para a Guiné-Bissau, como a última tentativa para, através da reforma dos sectores de defesa e segurança, se normalizar a vida política na Guiné-Bissau.

Os militares deram conta de que seria um perigo para a sua classe qualquer eventualidade de reforma das forças armadas que obrigasse a um papel de subordinação completa dos militares perante o poder político democraticamente eleito.

O golpe militar que tinha afastado do poder o Presidente Raimundo Pereira e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, foi, acima de tudo, uma infeliz e bem sucedida tentativa para inviabilizar a normalização da situação política naquele país.

O envolvimento dos militares no tráfico da droga deu a altas figuras militares da Guiné-Bissau o controlo do poder político. Com o beneplácito da CEDEAO, que deu luz verde ao novo estado de coisas produzido pelo golpe militar de Abril de 2012. Os militares guineenses foram bem sucedidos no controlo do aparelho de Estado para continuarem com o tráfico de drogas. O período de transição, abertamente propalado pelos militares e apoiado pela CEDAEO, era apenas mais uma manobra de diversão através da qual os militares continuariam a manietar o Governo de transição liderado por uma figura que, curiosamente, está também a ser implicado em esquemas de tráfico de droga. A solução tinha que passar por uma intervenção estrangeira ou o aumento de pressão como consequência das provas que resultasse na detenção de, pelo menos, uma figura da alta-roda militar envolvida no tráfico. De outro modo, todo um continente continuava a observar, sem grandes opções para reverter o curso da degradação política e militar em que se encaminhava a Guiné-Bissau.

Para muitos, os contornos da situação por que passava a Guiné-Bissau tinha que conhecer uma etapa que determinasse o princípio do fim do estado de coisas naquele país. A detenção do almirante José Américo “Bubo Na Tchuto” era a gota necessária para fazer transbordar o copo da água.

A operação da agência anti-narcotráfico norte-americana (DEA) levou à detenção, a 4 de Abril, do contra-almirante Bubo na Tchuto e outros cidadãos guineenses, pode ser o prenúncio da solução do problema do tráfico de droga, da instabilidade política e militar. A detenção de Bubo Na Tchuto gerou as mais diversas reacções, uma situação a que as autoridades guineenses estão alheias por razões conhecidas. Não tendo um controlo efectivo do território, não estão em condições de determinar em que circunstâncias o almirante foi detido. Em todo o caso, as autoridades americanas já declararam que a operação foi feita em águas internacionais, um argumento contrariado pelo porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau. Daba Naualna, citado pela imprensa do seu país, mostrou-se convencido de que Bubo Na Tchuto foi levado para as águas internacionais através de outros meios. O homem de confiança de António Indjai disse que “não era possível o próprio deslocar-se até às águas internacionais com um bote porque se afogaria. Agora onde a detenção terá sido efectuada? Seguramente no território da Guiné-Bissau”.

O silêncio do Governo da Guiné-Bissau pode ser interpretado como sintomático de um poder político que não tem o pleno controlo do Estado que diz governar. No fundo, a maior preocupação radica no depoimento que Bubo Na Tchuto e os outros detidos poderão fazer, numa altura em que relatórios recentes chegavam a implicar o presidente interino, Sherifo Nhamadjo como um dos beneficiários do tráfico da droga. Outra figura que se declarou sempre como inocente, tendo exigido provas, foi o actual chefe do Estado-Maior General das forças armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, agora acusado pelas autoridades americanas de tráfico de droga e de armas.

De acordo com o documento que indicia António Indjai, o alto oficial guineense terá participado numa conspiração para fornecer armas à guerrilha colombiana das FARC, da Colômbia, considerada terrorista pelos EUA, e terá usado a sua posição no topo da hierarquia militar guineense para fazer passar pelo país terroristas e narcotraficantes.

Faustino Henrique – Jornal de Angola, opinião

2 EM 1

DE REGRESSO AO PAÍS, DEPOIS DE UMA AUSÊNCIA DE MAIS DE UM MÊS, O PRESIDENTE DE TRANSIÇÃO DA GUINÉ BISSAU, DISSE ESTAR EM BOAS CONDIÇÕES FÍSICAS DEPOIS DE TER SUBMETIDO A UM TRATAMENTO MÉDICO QUE O LEVOU À ALEMANHA, O PRESIDENTE DE TRANSIÇÃO DISSE TAMBÉM QUE AS ELEIÇÕES TERÃO LUGAR AINDA ESTE ANO.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

OS BATOTEIROS E TRAIDORES...


TRIBUNAL MILITAR...



Pansau N'Tchama, Jorge Sambu e Braima Djedju foram acusados de crimes de traição à pátria e uso indevido de armas de fogo. Por isso, o tribunal regional de Bissau condenou-os a cinco anos de reclusão efectiva.
Um outro militar foi condenado a quatro anos de prisão, dois a pena de três anos e seis meses e três ficarão presos durante três anos. Do grupo, sete militares e um civil foram absolvidos por falta de provas.


ANTÓNIO INJAI E COMPANHIA TINHAM QUE TER A MESMA SORTE E DETINO, PORQUE A ÚNICA DIFERENÇA ENTRE INJAI E PANSAU É QUE UM TENTOU           SUBVERTER A ORDEM CONSTITUCIONAL E NÃO CONSEGUIU(PANSAU) E O OUTRO SUBVERTEU A ORDEM CONSTITUCIONAL(INJAI).

PORTANTO SÃO IGUAIS, TRAIDORES DA PÁTRIA...





terça-feira, 23 de abril de 2013

PROIBIDO BOMBARDEAR...

QUASE PRONTO, PALÁCIO DA GUINÉ-BISSAU, QUE OS SEM ESCRÚPULOS  TIVERAM CORAGEM DE BOMBARDEAR...GENTE DE MÁ FÉ.

AMIGO CHINÊS, O POVO DA GUINÉ AGRADECE... MUITO OBRIGADO

  













...O POVO É QUE PAGA



Mais de 60 por cento de cidadãos da Guiné-Bissau não têm registo civil e apenas 320 mil têm Bilhete de Identidade, disse hoje Joazinho Mendes, diretor-geral dos serviços de identificação civil.
O registo civil da população tem sido um problema real para a Guiné-Bissau, por isso o Governo de transição lançou uma campanha de 90 dias para o registo civil gratuito dos "cidadãos invisíveis" perante o Estado, disse.

"Por falta de dinheiro, porque o registo civil é pago, as pessoas preferem gastar o pouco dinheiro que têm na sua subsistência, em vez de pagar para o registo, afirmou Joãozinho Mendes.

O responsável adiantou que "é um problema grave" para o Estado já que as pessoas não podem tratar do Bilhete de Identidade porque não têm o registo civil.
"O número de cidadãos da Guiné-Bissau com Bilhete de Identidade não ultrapassa as 320 mil pessoas. Ora, para se ter o BI, primeiro a pessoa tem que ter registo civil e só depois faz o bilhete. E as pessoas que não têm registo civil, numa população de 1,6 milhões de habitantes, talvez serão a volta de 60/70 por cento", admitiu Mendes.

Além do problema do dinheiro - que o Governo suprimiu - há um outro problema que é a legislação, que data de 1967. O diretor-geral do registo civil disse que é preciso atualizar a lei do registo porque constitui um entrave em situações de pessoas que se queiram registar tardiamente.
"Essa lei tem sido um obstáculo sobretudo para o registo de pessoas a partir dos 14 anos. Deve remover-se essa barreira legal porque dificulta" o registo, observou
.

" SACUUUUR...GUINENSIS NÓ LANTA NÓ FIRMA PA NÓ TERRA...



Indjai confessa papel activo no narcotráfico (Doc. de 05/03/2010)

 De acordo com um documento, António Indjai terá assinado uma confissão de culpa a 05 de Março de 2010, reconhecendo a sua participação na ação de narcotráfico realizada a 01 de Março de 2010 em Cufar, Sul da Guiné-Bissau(VEJA AQUI)


Segundo fontes da Presidência da República, descontentes com o rumo que a situação política do país está a tomar, a confissão terá sido assinada na presença do Presidente da República Malam Bacai Sanha, do Procurador Geral da República Amine Saad e do CEMGFA Zamora Induta. Nessa reunião, Indjai ter-se-á igualmente comprometido a fazer uma retirada estratégica para Cuba, alegando a necessidade de tratamentos médicos, deixando espaço a que tanto o Presidente Malam como Zamora Induta procedessem à resolução deste caso, no sentido de evitar mais um escândalo internacional de participação dos militares numa operação de narcotráfico.


No entanto, sentindo que o seu afastamento das Forças Armadas estaria em preparação, António Indjai terá antecipado o seu regresso a Bissau para 31 de Março. Durante a noite, mobilizou os apoios militares que lhe permitiram desencadear as acções de 01 de Abril e que culminaram na detenção de Zamora Induta e do Primeiro-Ministro Carlos Gomes Júnior, libertado poucas horas depois, após forte manifestação popular. 




PNN

ISTO É PARA TODOS OS GUINEENSES, QUE AMAM, VERDADEIRAMENTE A MÃE GUINÉ:


"AH PUBIS... PA É PURDANU DJÁ , GUINÉ MISTI PÁSS KU SUCEGU...ERMOS NÓ LANTA, NÓ GRITA BEM ALTO, ANTIS DI I BIN SEDU TARDI..."

sábado, 20 de abril de 2013

" KAMPU KINTI "...

ESTA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA DOS MILITARES SÓ VEIO MOSTRAR QUE ESTÃO A TENTAR TAPAR O SOL COM A PENEIRA, SE NÃO VEJAMOS O QUE DISSE O PORTA VOZ:


  1- " NÃO FAZ PARTE DA POSTURA DOS MILITARES GUINEENSES, APOIAR CONFLITOS OU COLABORAR COM FORÇAS TERRORISTAS QUE AMEACEM A PAZ ".


BOM... A VERDADE É, QUE OS VERDADEIROS MILITARES GUINEENSES NÃO COMPACTUAM COM GOLPES, PERSEGUIÇÃO, ASSASSINATOS DESMESURÁVEIS E OPRESSÃO CONTRA O SEU POVO.
QUANTAS VEZES A GUINÉ FOI VÍTIMA DE GOLPES MILITAR? O QUE É QUE ESTES GOLPES TROUXERAM DE BOM OU EM BENEFÍCIO DO POVO?
NADA...ZERO...PREJUÍZO.


  2 - " INVENTARAM CENÁRIOS, QUALQUER HOMEM É VULNERÁVEL, COMO FOI BUBO NA TCHUTO, COM PROMESSAS DE MILHÕES DE DOLARES ".


AFINAL EM QUÊ QUE FICAMOS? É TUDO INVENÇÃO OU SÃO FACTOS?
AQUI ESTÁ TUDO DITO, OS RESPONSÁVEIS MÁXIMOS DAS FORÇAS ARMADAS E ALTOS DIRIGENTES DA GUINÉ TINHAM CONHECIMENTO E BENEFICIEM DE UMA FORMA OU OUTRA, DO ENVOLVIMENTO NOS TRÁFICOS ILÍCITOS...


O POVO DA GUINÉ SABE QUE O VERDADEIRO DEFENSOR DA PÁTRIA E O BOM COMBATENTE DA LIBERDADE DA PÁTRIA, ESTÁ DO LADO DA VERDADE. PORTANTO... AMERICANOS... APERTEM COM ELES, FOGO COM OS CORRUPTOS.

 " É FORANTA...AMERICANU KA BÓ PURDA ELIS, POVU STA KU BÓS "

MILITARES DISPOSTOS A COLABORAR...



As Forças Armadas da Guiné-Bissau estão dispostas a colaborar com os Estados Unidos na investigação sobre tráfico de drogas e armas e negam o envolvimento de António Indjai em ações ilícitas contra os americanos.
Numa conferência de imprensa hoje em Bissau, o porta-voz das Forças Armadas, Daba Na Walna, garantiu que não faz parte da postura dos militares guineenses "apoiar conflitos ou contribuir ou colaborar com forças terroristas que ameacem a paz no mundo".

O porta voz dos militares disse que as Forças Armadas não são contra que os Estados Unidos investiguem, "através dos mecanismos que têm à sua disposição", porque "o terrorismo, o tráfico de droga, o tráfico de armas, incomoda a todo e qualquer individuo de bom senso".
"Se se confirmar que António Indjai esteve envolvido em tráfico de droga, se os órgãos competentes para o fazer o fizerem, o António Indjai apresentar-se-á à justiça como qualquer cidadão", disse Daba Na Walna, acrescentando esperar que não seja "raptado como foi o caso de Bubo Na Tchuto" (antigo oficial guineenses atualmente preso nos Estados Unidos).

"Apelamos aos serviços norte-americanos e a todos os indivíduos de bom senso para que a investigação seja feita e sejam capturadas as pessoas que vendem armas, e que não se inventem cenários", disse Daba Na Walna, acrescentando que "qualquer homem é vulnerável", como foi Bubo Na Tchuto, com promessas de milhões de dólares.
Na questão das acusações norte-americanas a António Indjai e prisão de Bubo Na Tchuto, o responsável das Forças Armadas vê "uma mão política invisível por detrás de tudo isso" e acredita numa "conspiração".

Com o que não concorda, e que o irrita mesmo, é "a propaganda barata que está a ser feita", porque enquanto não se prova que António Indjai, em juízo, é responsável, presume-se que o não seja.
"Estamos a crucificar o homem antes do julgamento, estamos a imolar a honra do general Indjai no altar da liberdade de imprensa, e isso é preocupante", disse.
Se é certo, garantiu, que estas questões não criaram problemas no interior das Forças Armadas, o mesmo não se pode dizer em relação a António Indjai.
"Nenhum homem de bem ficaria tranquilo ouvindo o seu nome relacionado com a prática de um crime, é muito natural que o general Indjai se sinta frustrado, desesperado, agoniado, triste, com tudo quanto se fala, porque ele também é gente como qualquer um", disse Daba Na Walna.

LUSA

sexta-feira, 19 de abril de 2013

" DINHERU KU NÓ DJUNTA"...



A ordem dos advogados da Guiné-Bissau quer passar a participar na gestão dos dinheiros que entram no cofre geral da Justiça, até agora tratada apenas pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
A pretensão foi hoje manifestada pelo bastonário dos advogados da Guiné-Bissau, Domingos Quadé, ao novo presidente do Supremo Tribunal, Paulo Sanhá, que visitou a sede da ordem dos advogados.

Considerando que é necessário melhorar as relações entre juízes e advogados, o bastonário acrescentou: "Temos funções específicas no âmbito jurisdicional, às vezes, são funções que se colidem, mas importa, em conjunto, procurarmos soluções para reconciliar as divergências que existem".
A gestão dos recursos financeiros que entram no cofre geral é uma das reivindicações antigas dos advogados da Guiné-Bissau, mas o bastonário acredita que doravante passará a contar com uma palavra da Ordem.
O novo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Paulo Sanhá também corroborou a necessidade de haver mais entendimento entre as duas instituições.

PEDRO PIRES: A PRISÃO DOS TRAFICANTES E A ESTABILIDADE...



"É bem possível que nos ajude um pouco, porque o espetro da impunidade, creio, desapareceu. Já vêm que não estão impunes e que há, pode haver, uma intervenção de fora no sentido de os neutralizar", afirmou Pedro Pires, presidente de Cabo Verde entre 2001 e 2011 e primeiro-ministro entre 1975 e 1991.
"O envolvimento deles no narcotráfico, os males que o narcotráfico causa à Guiné-Bissau e causa à nossa região, leva-nos a dar importância a essa questão. Para a Guiné-Bissau, sem nenhum tipo de hipocrisia, creio que se trata de algo que os alivia um pouco, mas não resolve os problemas definitivamente. Mas terão de fazer um esforço maior no sentido de controlar minimamente o narcotráfico", frisou.
Pedro Pires salientou que a "enorme fraqueza do Estado" guineense permitiu que, para que houvesse uma mudança, as operações tivessem de vir de fora do país para prender Bubo Na Tchuto, figura que disse ter conhecido durante a luta pela independência da Guiné-Bissau e de Cabo Verde (1963/74).
"Vemos, de novo, uma fraqueza enorme do Estado e que, ao mesmo tempo, para haver uma mudança, foi necessário a vinda dos norte-americanos (DEA - Departamento Anti-Narcotráfico dos Estados Unidos). Isso demonstra a fraqueza evidente do Estado da Guiné-Bissau", sublinhou Pedro Pires.

LUSA

ORÇAMENTO DE ESTADO



O Governo de transição da Guiné-Bissau aprovou a proposta de orçamento do Estado para este ano,
que prevê uma receita de 101,7 mil milhões de francos cfa (155 milhões de euros) e igual montante em despesas.
A apresentação preliminar do orçamento foi debatida e aprovada na quinta-feira mas a decisão só foi divulgada na sexta-feira, dia 18/04/2013. 
Segundo um comunicado do Governo de transição, lido na televisão pública, os ministros lamentaram a insuficiência de verbas e o facto de não terem sido consideradas propostas dos seus gabinetes e das secretarias de Estado.
O presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau,, Ibraima Sori Djaló, criticou recentemente o Governo por não ter apresentado o orçamento no parlamento.




quinta-feira, 18 de abril de 2013

E AGORA...??????

EUA VÃO APERTAR O CERCO... VEJA AQUI.

AVISO


Paransa Deus, GuinéI ka bin sedu tardi
Ka sol bin mansi amarelu na udjus mpasmaduNha Patita di notis prenhada di ronku, binhu ku karni Mpili
Ka sol bin mansinu di nudadiKa kiredi bin iamali BarelaKa bolanhas bin padi fomeKa fomi bin padinu mininusKa mininus bin sedu mparia di nô aósKa amanha bin sedu ku larmasKa larmas bin lebanu nteruKa nteru bin otchanu ku bidaKa bida bin burgunhu mortuAmpus, ka I bin sedu tardi pó!

Huco Monteiro: 2013
In TANAMU FENHI na republika di kafumban

PAIGC TEM SIDO VÍTIMA DOS SEUS ERROS...


O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) tem sido vítima "dos seus próprios erros", disse o deputado Cipriano Cassamá, candidato a liderança do partido para, promete, o pacificar e unir.Em declarações à agência Lusa, Cipriano Cassamá disse que é candidato e que vai ao congresso marcado para maio "com a responsabilidade de propor aos congressistas pacificar o partido, que tem sido vítima dos seus próprios erros e tensões políticas", que levaram a "uma escalada de intolerância política".O PAIGC, mais votado nas eleições legislativas de 2008 e que estava no poder até ao golpe de Estado de 2012, foi visivelmente dividido quando o dirigente do partido Serifo Nhamadjo se candidatou a Presidente da República, nas eleições presidenciais de março do ano passado, à revelia da cúpula do partido, que apoiou Carlos Gomes Júnior.Serifo Nhamadjo ficou em terceiro lugar na primeira volta das eleições, ganhas por Carlos Gomes Júnior. A segunda volta não se realizou devido ao golpe.Vítima de tensões internas, o partido marcou o oitavo congresso para maio próximo. A direção não divulgou quantos candidatos há até agora à liderança, mas foi criada uma comissão para analisar as candidaturas e propor coligações, para que se apresentem menos candidatos na reunião magna, com data ainda não marcada."Vamos desenvolver uma cultura partidária de diálogo interno e de tolerância, encorajar o pluralismo de opiniões, que consideramos desejável, e também fazer com que haja uma reconciliação no PAIGC, unificar o partido e propor uma reorganização para a vitória", disse hoje à Lusa Cipriano Cassamá, que também já tinha sido candidato no congresso de 2008.O responsável, antigo ministro, membro do bureau político do PAIGC, admite que tem havido divisões, mas assegura que o partido "já está numa fase de reconciliação", visível no facto de que "já voltaram" todos os que saíram para apoiar Serifo Nhamadjo.Ainda assim, afirmou, vai ao congresso para "unificar" e "consolidar a unidade", para que todos saiam do encontro reconciliados e ao serviço do partido e do país."Quando o PAIGC tem problemas toda a Guiné-Bissau tem problemas, o PAIGC é uma grande instituição", disse Cipriano Cassamá, que na sua moção de candidatura afirma: Sem o PAIGC os sucessivos governos, de 1999 a 2004, demonstraram "imaturidade, irresponsabilidade e incompetência".É o PAIGC, acrescentou, que tem de estar "na linha da frente no combate pela moralização da sociedade, contra a praga da corrupção, contra o flagelo do narcotráfico, contra a violência e a criminalidade em geral".Cipriano Cassamá defendeu também que no congresso de maio se discutam linhas diretrizes do partido para os próximos quatro anos, e pediu que não se entre "em querelas, que isso não abona ao PAIGC".Já a fazer contactos com os militantes e a divulgar a sua moção, Cassamá afirmou que, se ganhar, está preparado para eleições legislativas o mais rápido possível, porque quer um PAIGC "em atividade contínua, dinâmico, sempre em contacto com os militantes".Militante do PAIGC desde os anos 70, deputado desde 1994, Cipriano Cassamá já foi secretário de Estado e ministro do Ambiente, ministro de Estado e da Presidência e ministro da Administração Interna. É vice-presidente do parlamento da UEMOA, União Económica e Monetária Oeste Africana."Se ganhar sairemos fortes, unidos, reconciliados, dinâmicos e eficientes, e estaremos ao serviço dos militantes e do povo", disse.



VENDA DE ARROZ IMPRÓPRIO PARA CONSUMO


O secretário-geral da Associação de Consumidores da Guiné-Bissau, Bambo Sanhá, denunciou hoje a existência de "grandes quantidades"de arroz impróprio para consumo humano, que estarão a causar surtos de diarreia em várias localidades no interior do país.

O arroz foi importado por uma empresa guineense há mais de dois anos, foi distribuído pelo interior do país.

O responsável referiu que a empresa distribuidora do produto "ludibriou a fiscalização" ao mudar as embalagens, acrescentando que esta situação contou com a conivência de alguns elementos das autoridades.

Esta situação foi denunciada há mais de três meses, disse  Bambo Sanhá.
"Não fomos envolvidos na recolha das amostras que foram enviados para Portugal e que foram analisadas pela ASAE. Para nós, tratou-se de uma amostra do arroz que não está a ser questionado. Ou seja, a empresa ludibriou toda a gente, mas com a conivência de alguns responsáveis", defendeu, explicando que o arroz analisado é diferente do arroz que está a ser consumido."Neste momento, há denúncias em todo o território nacional sobre as dúvidas que este arroz está a suscitar às pessoas. Para nós é um produto altamente perigoso para o consumo humano. Agora já começou a ter efeito nas pessoas em várias localidades, com surtos de diarreia, caso concreto em Bissorã (norte), em Bafatá (leste) e no sul do país", sublinhou o secretário-geral da Acobes.Uma fonte do Ministério da Saúde Publica disse à Lusa que existem registos de surto de diarreia no sul e no norte, mas acrescentou que o ministério ainda está a averiguar se são casos relacionados com o consumo do arroz em questão ou não.O secretário-geral da Acobes não tem dúvidas quanto à origem das diarreias e pede a intervenção da justiça para apurar responsabilidades.
Com a campanha de comercialização da castanha do caju, os agricultores aceitam receber arroz (base da dieta alimentar dos guineenses) em troca da castanha.


LUSA

quarta-feira, 17 de abril de 2013

FINANÇAS EM GREVE

Os trabalhadores do Ministério das Finanças da Guiné-Bissau iniciaram hoje uma greve de 10 dias, reivindicando o pagamento de subsídios atrasados, e prometem continuar a paralisação até haver diálogo com o Governo.

A principal reivindicação dos trabalhadores é o pagamento de incentivos em falta desde 21 de junho do ano passado.

LUSA

LIÇÃO Nº ...!!!!

“É preciso dar oportunidade aos jovens para que possam, de forma dinâmica, implementar os conhecimentos académicos adquiridos em prol da África"





MALAM BACAI SANHÁ


GENTE...MAIS UMA ALERTA...



O representante da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, considerou hoje, em Maputo, que o país está a "um passo" de se tornar um "Estado falhado", caso a instabilidade não tenha uma solução nos próximos tempos.

Falando aos jornalistas no final de uma audiência com o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, presidente em exercício da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), José Ramos-Horta descreveu a situação guineense como sendo de "extrema precariedade".
"Se o Estado existe para dar segurança, tranquilidade, saúde, educação, justiça às populações, então aí vemos que há extrema precariedade na Guiné-Bissau, daí para um Estado falhado é um passo", disse.
Ramos-Horta e Armando Guebuza discutiram a crise guineense.
Segundo José Ramos-Horta, o presidente da CPLP "prometeu estudar e encontrar formas de, no quadro da CPLP e da União Africana, tentar contribuir mais ainda do que já tem feito para ajudar a resolver o problema da Guiné-Bissau".
O antigo Presidente timorense acrescentou que a situação da Guiné-Bissau "continua extremamente delicada pela ausência de um roteiro político por parte da Assembleia Nacional, do Presidente interino, Governo e todos os intervenientes que indiquem luz ao fim do túnel visando à formação de um Governo mais incluso, com a participação do PAIGC".
"Não há nada em vista que nos garanta que esta situação vai ser resolvida nos próximos tempos", até porque, "por exemplo, não há data para a realização de recenseamento eleitoral, eleições presidenciais e legislativas até ao fim do ano, como foi prometido pelos guineenses aos chefes de Estado da CEDEAO", disse o responsável pelas Nações Unidas na Guiné-Bissau.
Contudo, referiu Ramos-Horta, "há razões para otimismo", até porque "a Guiné-Bissau não é uma Somália, não é Congo, é de muito menor dimensão, há apenas um impasse político. O Estado existe nominalmente e, por outro lado, há um povo magnífico, que, apesar de multiétnico, multilinguístico, multirreligioso, nunca houve guerras por causa destas diferenças".
De resto, disse, "o povo da Guiné-Bissau tem dado grande exemplo de civismo e é triste por quase vive alheio e desconetado com a elite política e militar", pelo que "as Forças Armadas têm que ser totalmente reorganizadas".
José Ramos-Horta garantiu que o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon, está "totalmente sensível ao problema e está muito bem informado", sobre a crise guineense.
"O que é necessário agora é sensibilizar o Conselho de Segurança a fazer muito mais para evitar o pior na Guiné-Bissau", apelou.


CAROS COMPATRIOTAS E AMIGOS DA GUINÉ BISSAU, O CASO É SÉRIO, MAIS UMA ALERTA...APESAR DE TUDO SÓ NÃO CONSTATA QUEM NÃO QUER...A GUINÉ PRECISA DO MESMA INJEÇÃO(ADMINISTRAÇÃO ASSUMIDA DA ONU), QUE A TIMOR LEVOU E HOJE ESTÁ MELHOR E RECOMENDA-SE À GUINÉ...
IRMÃOS E AMIGOS VAMOS AGIR PARA O BEM DA GUINÉ.

PARLAMENTO NÃO LEVANTA IMUNIDADE



O presidente do parlamento da Guiné-Bissau, Ibraima Sori Djaló, endereçou terça-feira uma carta ao Procurador-Geral da República, Abdu Mané, reiterando que qualquer deputado com processo judicial terá de ser ouvido no parlamento e com imunidade conservada.
Esta carta é a resposta a uma solicitação que o Procurador havia feito, na qual criticava o facto de o parlamento não estar a permitir que deputados indiciados na prática de crimes sejam ouvidos fora do hemiciclo.
De forma vincada, o presidente do parlamento nega as alegações do Procurador guineense quando este afirma existir falta de colaboração entre as duas instituições.
Sori Djaló diz que nunca recusou o levantamento de imunidade parlamentar aos deputados suspeitos, no entanto, sempre tem tido o cuidado de analisar se os pedidos que são enviados ao parlamento (para o levantamento de imunidade) são de natureza jurídica ou política.
"Em rigor técnico um requerimento de pedido de levantamento de imunidade deve conter, ainda que de forma sintética, os elementos de facto em que se consubstancia o indício da prática do crime que recai sobre o deputado, o que não se tem verificado nos ofícios que deram entrada no parlamento", acrescenta ainda o presidente do parlamento Guineense, quem aconselha o Procurador-Geral da República a recorrer ao juiz de instrução criminal para que este decrete o levantamento de imunidade parlamentar aos deputados indiciados em crimes cujos processos já se encontrem acusados.

A Procuradoria Geral da República afirmou que o órgão legislativo Guineense se tem recusado sistematicamente a levantar a imunidade parlamentar a vários deputados indiciados em prática de crimes, nomeadamente alguns envolvidos no processo do alegado desaparecimento de 674 quilos de cocaína,em 207, que estavam guardados nos cofres do Tesouro Publico. 

DANIEL FERREIRA ELEITO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA UEMOA



O jurista guineense Daniel Lopes Ferreira foi eleito, terça-feira, 16 de Abril, Presidente do Tribunal de Justiça da União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA), na Ouagadougou, capital da República de Burkina Faso.
A informação foi avançada em exclusivo à PNN por uma fonte próxima desta instância judicial, indicando que a escolha de Daniel Ferreira se realizou tendo em conta um total de oito juízes que compõem o colectivo do Tribunal da UEMOA.
Antes da nomeação, Daniel Lopes Ferreira desempenhava a função de juiz do Tribunal de Justiça da UEMOA.
A nível interno, o magistrado exerceu diversas funções governamentais, tendo sido Procurador-geral da República, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau, e responsável por outros cargos ministeriais.
Daniel Lopes Ferreira tem um mandato de três anos à frente da instituição, substituindo o maliano Sumaila Djaguite.
Contactado a partir de Burkina Faso, Daniel Lopes Ferreira mostrou-se satisfeito com a sua escolha para a nova função, tendo adiantado que a uma das suas prioridades é, dentro de pouco tempo, efectuar visitas de trabalho a todos os países membros da UEMOA.

PNN

terça-feira, 16 de abril de 2013

A CNE ESTÁ PREPARADA PARA AS ELEIÇÕES



O secretário executivo da Comissão Nacional de Eleições-CNE, António Sedja Man afirmou, hoje, que a sua instituição tem meios técnicos para a realização de eleições este ano.

Sedja Man declarou que qualquer que seja a data à ser marcada a CNE irá colocar a sua “máquina” em funcionamento respeitando o prazo. E referiu que, há todo um processamento prévio à ser feito para chegar às eleições.

Este responsável explicou ainda que as actividades de realização das eleições legislativas e presidenciais dependem de outros intervenientes no processo, tendo referido que dentro de 20 dias são terminados os processos da cartografia.

A CNE tem estado a capacitar os formadores com apoios da Comunidade internacional, enviando dois formadores, para a Costa do Marfim para serem capacitados na área de recenseamento bio métrico e no domínio das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC).

"De momento, a CNE está preparada, caso seja confirmada a data a CNE irá adequar os variantes do seu cronograma a data estabelecida pelo presidente da república, partidos políticos e governo", afirmou Sedja Man.

Guiné-Bissau, as particularidades de um país no 180.º lugar da FIFA


 




A Guiné-Bissau, que ocupa o lugar 180 no ''ranking'' da FIFA, tem várias particularidades no futebol, como uma mulher presidente de um clube e treinadores que trabalham em clubes diferentes.

A jornalista Maria da Conceição (São) Évora é a primeira e única mulher a liderar um clube de futebol. É o atual campeão em título, mas, no presente campeonato, o Atlético Clube de Bissorã anda pelos últimos lugares, correndo o risco de descer de divisão. A presidente São Évora está confiante na reviravolta.

O que acontece com frequência no país é um treinador orientar uma equipa masculina de um clube e ser responsável noutro clube no campeonato feminino.

O ex-árbitro Aristóteles Soares da Gama (vulgo Totó) deixou o apito para ser treinador principal do Futebol Clube da Mavegro. Até recentemente era o diretor técnico da Mavegro, mas devido aos maus resultados passou a ser o treinador principal.

Num país praticamente sem energia elétrica da rede pública há muito tempo, de vez em quando tem jogos de futebol à noite no Estádio Lino Correia (Bissau), onde o novo presidente da Federação, o empresário e deputado Manuel Nascimento Lopes, colocou um potente gerador, cujo gasóleo paga do seu próprio bolso.

No futebol guineense há nomes para todos os gostos. Dos Lagartos de Banbadinca aos Tigres da Fronteira (de São Domingos), passando pelos Tubarões dos Bijagós (Bubaque) até chegar às Estrelas de Cantanhez. Há ainda o Flamengo de Pefine, ''Os Balantas'' de Mansoa, ou os Palestra de Quinhamel.

A Guiné-Bissau tem campeonatos de primeira, segunda e terceira divisão, bem como campeonatos feminino, dos juniores e dos juvenis, mas apenas conta com dois verdadeiros campos, um com relva sintética e outro com relva natural.

Nos seus quadros de árbitros tem em Rosalina Dayvies uma das melhores juízes do país, o que tem provocado alguma inveja dos homens do apito, tal é a apreciação positiva que recebe sempre que apita uma partida.

O futebol é o principal desporto da Guiné-Bissau.

José Pestana c/Lusa




ONU E A GUINÉ

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou segunda-feira no Conselho de Segurança que o envolvimento da ONU na Guiné-Bissau está "num momento crítico".
"Na sequência do golpe militar do ano passado, a ONU tem continuado a promover um diálogo inclusivo entre os actores nacionais para a reposição da ordem constitucional", disse o secretário-geral da ONU.

"As Nações Unidas estão num momento crítico no seu envolvimento na Guiné-Bissau", adiantou num debate dedicado à prevenção de conflitos em África.

A agência da ONU anti-narcotráfico e crime organizado (UNODC) considerou recentemente a Guiné-Bissau como país da África Ocidental mais afectado pela ingerência do narcotráfico na governação.

O relatório "Crime Organizado Transnacional na África Ocidental: Avaliação de Ameaças", divulgado no final de Fevereiro, refere que a Guiné-Bissau registou várias "mudanças abruptas de governo" desde que a droga começou a transitar pelo país, cuja economia vale menos do que muitas das apreensões de droga na região, e que altas patentes militares são suspeitas de cumplicidade no tráfico de cocaína.

A missão da ONU na Guiné Bissau foi prolongado por apenas três meses, até 31 de Maio, dado que Ramos-Horta está em início de funções e a fazer uma avaliação da situação no terreno, com base na qual Ban Ki-moon irá fazer um conjunto de recomendações para ajustar o mandato da UNIOGBIS.

O sistema da ONU, pretende "realinhar a sua intervenção" no país, também tendo em conta as recomendações conjuntas da União Africana, CPLP, CEDEAO e União Europeia, que enviaram uma missão conjunta a Bissau entre 16 e 21 de Dezembro de 2012.

No seu último relatório sobre a UNIOGBIS, serão "especialmente" tidas em conta as recomendações no que diz respeito a reforma do aparelho militar, combate ao tráfico de droga e crime organizado, combate à impunidade, violações humanitárias e deterioração da situação sócio-económica.


GUINÉ NÃO VAI AO PAPA...

A maioria dos países lusófonos vai estar representada por governantes, na terça-feira, na missa de início do pontificado do papa Francisco, à excepção da Guiné-Bissau e Moçambique.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

DROOGA...DROOGA



O Ministério Público da Guiné-Bissau quer reabrir o processo dos 674 quilos de cocaína desaparecidos do cofre do Tesouro Público em 2007 sem que se saiba do seu rasto, disse hoje à Lusa fonte judicial.

De acordo com a fonte, o Ministério Público enviou para o Parlamento uma carta solicitando o levantamento de imunidade parlamentar a alguns deputados que à época do desaparecimento da droga eram responsáveis no Governo.

Os procuradores afectos ao gabinete de luta contra a corrupção e delitos económicos da Procuradoria-Geral guineense "querem atacar" vários processos relacionados com crimes ocorridos no país nos últimos anos, adiantou a fonte, e contam com a colaboração do Parlamento "uma vez que vários implicados são hoje deputados", disse.

A fonte lembrou o último episódio ocorrido entre o Ministério Público e o Parlamento, quando o próprio Procurador-Geral da República, Abdu Mané, se deslocou pessoalmente ao Parlamento para pedir o levantamento de imunidade parlamentar do deputado António
Óscar Barbosa "Cancan", pedido recusado pelo presidente do hemiciclo, Ibraima Sory Djaló.

"Infelizmente vários processos não podem ser concluídos porque o Parlamento se recusa a levantar a imunidade dos deputados em causa, alegando que os mesmos só podem ser ouvidos na sua sede", lamentou a fonte judicial.

"O Ministério Público não vai baixar os braços e continuará a insistir no pedido do levantamento de imunidade parlamentar desses deputados suspeitos, para as suas audições", acrescentou a fonte, realçando que "os próximos dias" serão decisivos uma
vez que se espera uma resposta do Parlamento.

Era primeiro-ministro Aristides Gomes e ministro das Finanças Víctor Mandinga (actualmente deputado) quando 674 quilos de cocaína pura desapareceram dos cofres do Tesouro Público, onde tinham sido guardados após uma apreensão da Polícia Judiciária.

Desde 2007 que o Ministério Público tem tentado levar a julgamento os indiciados no processo, mas sempre sem sucesso.

QUEM TRAMOU BUBO NA TCHUTO ?????



Deixou Bissau em vésperas do desencadeamento das operações que levaram à detenção de Bubo na Tchuto, almirante guineense considerado um “barão” do narcotráfico pelos norte-americanos.
Nominalmente representante oficial dos EUA em Bissau, Russel Hanks era na verdade um experimentado oficial da DEADrug Enforcement Administration, segundo a newsletter Africa Monitor.

Hanks era conhecido pelo seu ar pouco convencional quando comparado com um típico e bem composto O rabo-de-cavalo, espécie de tufo exibido numa cabeça de couro cabeludo já raro,
era um dos traços do seu “desconvencionalismo”.

Destacava-se também pela sua exuberância pessoal, manifestada na forma calorosa como cumprimentava na rua os altos funcionários e militares com que se cruzava. Os adversários internos do golpe de Estado de 12 de Abril detestavam as públicas efusividades do representante com a gente do poder, que consideravam
manifestações de adulação em relação a “simples golpistas”, impróprias na conduta de alguém que representa um país como os Estados Unidos e os padrões morais a que as suas políticas devem estar sujeitas.

As autoridades “provenientes” do golpe do Estado, por sua vez, compraziam-se com os actos e até com as palavras do representante, vendo nelas compreensão dos EUA onde no caso da restante comunidade internacional só viam condenações. Eram por demais notórias as extremas mesuras com que as mais altas
autoridades do regime pós golpe recebiam em audiência o representante norte-americano, para as quais cuidavam sempre de convocar os media, sabendo, como sabiam, da sua disposição em falar.

Passou a ser objecto da compreensão dos que o detestavam quando se começou a perceber que o seu verdadeiro “job”, para o qual apresenta um apreciável currículo era acompanhar, com o seu olhar e os seus saberes de “expert” na matéria, fenómenos como o do narcotráfico e correlativos que se desenvolvem em toda
a região, com ramificações na Guiné-Bissau.

Para isso, era de toda a conveniência um bom círculo de contactos e acessos, que a sua exuberância aparentemente inata facilita nas circunstâncias em que é exercida, adianta o Africa Monitor.
“Pânico” em Bissau

A captura de Bubo Na Tchuto e sua extradição para os EUA, a fim de ser presente à justiça norte-americana, provocou um estado descrito como sendo de “pânico” em meios implicados no narcotráfico, noticia o Africa Monitor.

No trabalho de Hanks, foi decisiva a acção de uma rede de informadores locais, motivo acrescido de preocupação entre os implicados locais no narcotráfico.

Entretanto, as autoridades de transição em Bissau rejeitam qualquer envolvimento no narcotráfico, conforme foi indicado pelos traficantes detidos em conversas gravadas pelos agentes disfarçados da DEA.

Lusomonitor

" MON DI TIMBA "

O Director-Geral dos Correios da Guiné-Bissau revelou hoje que, os sucessivos governos que o país conheceu de 1996 à 2003 contraíram uma dívida aos seus serviços num montante de um milhão de dólares, utilizados na reabilitação de estradas e em outras acções no país.

Lino Leal disse que herdou os Serviços dos Correios com grandes dificuldades tendo neste momento
40 meses de salários em atraso para com os trabalhadores, encontrando-se incapacitado para liquidar a referida dívida e sem meios materiais para melhorar o desempenho dos serviços.

“Muitos funcionários se deparam com problemas de saúde e outros até perdem a vida devido a falta do incentivo e meios financeiros “, informou Leal.

O responsável dos Correios da Guiné-Bissau explicou que a actual Direcção já comunicou essa situação ao Presidente da República e Primeiro-Ministro com documentos comprovativos do empréstimo da dívida a fim de procurar uma solução satisfatória.

Lino Leal disse que, no final destes contactos,
o Chefe de Governo assinou um documento que permite os serviços de Correios poder levantar, em cada mês, no Tesouro Público, um montante de 15 milhões de Francos CFA para pagamento de um mês de atrasados e o mês corrente mas que o referido documento não foi atendido pelos serviços das Finanças, que tem alegado falta de verbas.

O Director Geral precisou que a Direcção do Sindicato de Base dos Correios programou um encontro com o Primeiro-Ministro, Rui Duarte Barros, para lhe manifestar a preocupação em relação ao facto que considera de estranho, uma vez que, enquanto Chefe do Governo, autoriza um documento mas esse não é atendido pelos serviços das finanças.

“A dívida foi confirmada pelo actual porta-voz do Governo, Fernando Vaz que confirma os dossiers porque a sua versão final foi feita quando exercia a função do Secretário de Estado dos Transportes “revelou.

O Director Geral precisou que, os serviços dos Correios da Guiné-Bissau funcionam com mais de 120 funcionários e apela ao bom senso do Governo para ajudar a encontrar uma solução satisfatória que permitirá um grande alívio e uma motivação aos trabalhadores.


Leal informou ter iniciado uma visita às delegacias regionais de Cacheu e Canchungo tendo constatado o estado avançado das suas instalações.

A visita deverá abranger todas as delegações dos Correios instalada nas diferentes regiões do país.


ANG/AI


GENTES SEM ESCRÚPULOS, SÓ QUEREM SABER DOS SEUS BOLSOS

É ASSIM, MAMA GUINÉ...



...ESCUTAR E REFLETIR...





sexta-feira, 12 de abril de 2013

A CONCERTAÇÃO

A ONU, União Africana (UA), Cabo Verde e Brasil concertaram hoje, na Cidade da Praia, ações coordenadas para o debate sobre a Guiné-Bissau, que se realizará em maio no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque.

A ideia de concertação foi avançada hoje pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, que, no regresso de Lisboa, fez nova escala em Cabo Verde para se reunir com o representante especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, José Ramos Horta, e o representante da UA no país, Ovídeo Pequeno, e com homólogo cabo-verdiano, Jorge Borges.

"Atualizámos os últimos desenvolvimentos para encontrar uma coordenação. É muito importante que os atores individuais e grupos regionais também se reforcem mutuamente numa estratégia de estabilização, de volta à plena vigência democrática na Guiné-Bissau e de promoção do progresso, paz, segurança e desenvolvimento económico da Guiné-Bissau", sublinhou o chefe da diplomacia brasileira.

"Tudo tendo em conta que, dentro de um mês, mais ou menos, se realizará um debate sobre a Guiné-Bissau no Conselho de Segurança das Nações Unidas", salientou Patriota, o único dos quatro presentes na reunião de quase duas horas que falou à imprensa.

O ministro brasileiro disse estar em curso uma "sintonia" entre as quatro partes envolvidas na reunião, que decorreu na Sala VIP do aeroporto da Cidade da Praia, sobretudo no que diz respeito à assinatura de um Pacto de Regime, elaboração de um calendário eleitoral, criação de um Governo inclusivo e à realização de eleições gerais antes do fim do ano.

"Favorecemos a realização de eleições e o cumprimento de certas tarefas pelas autoridades de facto na Guiné-Bissau. Mas reitero que o importante aqui foi essa reunião de atualização e também o exame de quais seriam as próximas etapas no esforço de coordenação" entre a ONU, UE, UA e as comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Económica dos Estados da África Ocidental (CPLP), referiu.

Antonio Patriota já passara na quarta-feira por Cabo Verde, a caminho de Lisboa, tendo, na ocasião, reunido, também no aeroporto da Cidade da Praia, com Ramos-Horta, para analisar a crise político-militar na Guiné-Bissau.

Ramos-Horta e Ovídeo Pequeno, por seu lado, estão desde terça-feira na Cidade da Praia em contactos com Jorge Borges e com o Presidente e com o primeiro-ministro de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca e José Maria Neves, a analisar também a crise guineense.

O encontro dos dois representes especiais para a Guiné-Bissau com Patriota estava previsto para se realizar no Brasil, mas a coincidência da deslocação do ministro brasileiro a Portugal permitiu que, em duas pequenas escalas, a reunião se concretizasse na capital cabo-verdiana, de onde partem sábado de manhã para Bissau.


LUSA


CAÇA AS ARMAS...

Forças da ordem da Guiné-Bissau apreenderam na última madrugada cerca de 50 armas de fogo nas mãos de populares de quatro 'tabancas' (aldeias) do interior norte do país, disse hoje o comissário-geral da Polícia de Ordem Pública.

De acordo com o general Armando Nhaga, em declarações à Agência Lusa, as operações decorreram nas 'tabancas' de Ponta Agosto Barros, Kanhop, Djolmet e Bilon, arredores da cidade de Canchungo, por serem zonas identificadas pela polícia como sendo locais em que ocorrem regularmente assaltos à mão armada.

Mais de 500 homens, entre polícias, elementos da Guarda Nacional e militares do batalhão do Estado-Maior General das Forças Armadas tomaram parte nas operações, que resultaram na captura de 47 armas de fogo (algumas de uso estritamente militar), fardamento e outros equipamentos do exército.

"São objetos que são utilizados em assaltos à mão armada sobretudo nas casas de criadores de gado. Alguns criadores de gado foram abatidos pelos ladrões", disse Armando Nhaga.

O comissário da polícia diz que apesar da captura dos equipamentos e armas, não foi detido ninguém.

"Estranhamente, não conseguimos apanhar nenhuma pessoa. Houve fuga de informação e os homens dessas 'tabancas' puseram-se em fuga no dia da operação", referiu Armando Nhaga.

"Entrámos nas casas e só encontrámos mulheres, mas mesmo assim fizemos as buscas", acrescentou ainda o chefe da polícia guineense, anunciando que operações do género irão continuar sem qualquer aviso.

LUSA

O PAÍS ONDE NARCOTRÁFICO É UM VERBO


Quando tudo está calmo na Guiné-Bissau, é presságio de que algo vai acontecer. Bubo Na Tchuto andava calmo e indiferente às acusações internacionais que lhe imputavam os títulos de «Barão da droga» e «Almirante da Cocaína». Para Bubo a Guiné-Bissau era um Estado de Direito e aí sentia-se protegido, também, com todo o direito.
De facto a Guiné-Bissau é um Estado de Direito, mas torto, e também um Estado Falhado. Assim a detenção de Bubo Na Tchuto (juntamente com Papis Djeme, Tchamy Yala, Manuel Mamadi Mané e Saliu Sisse), na sequência de uma operação da DEA (Drug Enforcement Administration), foi uma acção legítima, sendo que os Estados Unidos assumiram a sua autoria, mas contaram com a discreta colaboração de vários Estados e a anuência da ONU que já denunciara a situação.

Deter um ex-chefe de Estado-Maior da Marinha e ex-Combatente da Liberdade da Pátria guineense na Guiné-Bissau pode ser considerado, por alguns, uma acção de ingerência nos assuntos internos do país e uma afronta à sua soberania. Mas não! O motivo alegado que levou à detenção de Bubo Na Tchuto é “conspiração de narco-terrorismo” com "riscos consideráveis para os Estados Unidos e os seus interesses", duas acusações que colocam a operação em concordância com o Patriot Act americano. A anuência da Comunidade Internacional assenta fundamentalmente na participação directa do Almirante no narcotráfico transnacional que é deste modo uma ameaça que ultrapassa as virtuais fronteiras guineenses. Assim, não sendo possível confiar nas instituições judiciais guineenses e não sendo possível também combater eficazmente os produtores nem os consumidores finais provoca-se um golpe num dos elos mais fracos desta cadeia, o insaciável transitário e armazenista.

A detenção de Bubo Na Tchuto é um duro golpe nas teias do narcotráfico na Guiné-Bissau mas não marca o fim do tráfico de droga no país. Um dos factores que facilitou a captura do «Almirante da Cocaína» foi a existência de concorrentes no mesmo negócio e a fidelidade entre traficantes é ténue como um fio de cocaína.

Os clãs concorrentes e sobreviventes do narcotráfico guineense sorriram tremulamente com a detenção de Bubo. Uma parcela significativa do mercado está agora órfã e receptiva à adopção. Mas também engoliram em seco porque desconhecem se os seus nomes constam na lista da DEA. Além disso, a ganância de Bubo Na Tchuto abriu as portas para que o Almirante caísse numa armadilha estrategicamente delineada por falsos narcotraficantes, um precedente que instaurou um clima de desconfiança face a novos fornecedores.

O Ministério Público norte-americano deixou um perfume desta dança dos clãs quando referiu no acto de acusação de Bubo que a DEA dispõe da gravação de uma reunião na Guiné-Bissau entre Mané, Sisse e Garavito-Garcia (narcotraficante colombiano) com «fontes confiden­ciais e um representante militar da Guiné-Bissau onde foi discutido a mais-valia de utilizar a Guiné-Bissau como plataforma» no tráfico de cocaína. O mesmo documento refere também que outro militar guineense seria presumivelmente a fonte das fontes confidenciais.

Nos EUA Bubo Na Tchuto não tem a protecção dos seus temíveis fiéis, encontra-se entregue a si mesmo e corre o risco de ver ser-lhe atribuída uma pena de prisão à perpetuidade numa penitenciária.

Durante a audição no tribunal americano, fiel a si mesmo, Bubo Na Tchuto não hesitará em minimizar o seu papel no narcotráfico e para isso revelará a dimensão do envolvimento de militares, governantes, políticos e empresários guineenses no narconegócio. Talvez comece assim a emergir a ponta do iceberg que poderá elucidar, finalmente, os assassinatos do ex-presidente Nino Vieira, Tagme Na Waie, Helder Proença e Baciro Dabó entre vários outros não publicitados, mas também clarificar a proveniência dos meios financeiros que permitiram a vários guineenses ostentarem sinais exteriores de riqueza surrealistas, com veículos novos de grande cilindrada, luxuosas mansões nos bairros de Alto Bandim (onde também residia Bubo Na Tchuto) e Safim, assim como aquelas que vão florescendo na avenida dos Combatentes da Liberdade da Pátria (vulgo Estrada do Aeroporto), na capital, soberbamente equipadas e decoradas num país que é qualificado como dos mais pobres do mundo.

No entanto, as receitas do narcotráfico na Guiné-Bissau serviram também, desde 1998, para pagar o soldo de muitos militares e assim mantê-los precariamente nas casernas e garantir a sua lealdade a alguns chefes castrenses. Apesar das violentas lutas pela “gestão” desses “fundos”, que se traduziram em Golpes de Estado e assassinatos, o desaparecimento desta receita é mais um elemento para prorrogar a instabilidade no país.

Na Guiné-Bissau, apesar dos nomes dos narcotraficantes nacionais e estrangeiros serem sussurrados pelas bocas de todos no mercado de Bandim e na Chapa de Bissau, acusarem publicamente um governante, político, militar ou empresário de envolvimento no «negócio» é um tabu que, se quebrado, pode custar a vida do delator. Com a morte do narcosuspeito todas a vozes revelam, inclusivamente na imprensa, os envolvimentos óbvios do defunto com o tráfico. E foi deste modo postumamente com Nino Vieira, Tagme Na Waie, Helder Proença e Baciro Dabó.

Sem sussurrar o ex-chefe de Estado-Maior da Marinha e ex-Combatente da Liberdade da Pátria poderá ajudar a DEA a compreender a geopolítica e mecânica do narcotráfico na Guiné-Bissau, ou seja, do envolvimento de cartéis bolivianos, das antenas no Brasil e na Venezuela mas também, numa esfera geográfica mais próxima, as rami­ficações das narcotransacções no Senegal, Gâmbia, Mali, Guiné Conacri, Nigéria e em outros países da lusofonia, assim como a rede de receptores da cocaína na Europa.

A Guiné-Bissau nunca foi um caso isolado do narcotráfico na África Ocidental. O facto de tornar-se no Estado Falhado modelo, multiplicando os Golpes de Estado e Contragolpes, assim como os assassinatos de personalidade políticas e militares, tornou-se no foco das atenções por excelência para alívio de alguns dos seus vizinhos atingidos pelo mesmo flagelo.

Os guineenses vão começar finalmente a compreender, grama a grama, a razão porque muitos processos se arrastaram eternamente na fase da instrução, porque é que é conveniente que as instâncias judiciais não funcionem, porque é que a polícia judiciária chegara ao ponto de não ter gasolina para os seus veículos, porque é que alguns aeródromos que remontam ao período colonial foram reabilitados e outros construídos num país que não tem ligações aéreas internas, mas também a razão de algumas empresas existirem e outras desaparecerem por artes de magia.

Bubo Na Tchuto, juntamente com os seus quatro “braços direitos”, foi o primeiro «barão» a compreender que o narcotráfico é transnacional mas que a Justiça também pode ser. Uma reflexão que muitos fazem hoje na Guiné e que pode ser um primeiro pequeno passo para que “narcotráfico” deixe de ser conjugado como um verbo.

Rui Neumann, IN PNN


PORTA-VOZ DOS MILITARES DIZ QUE A SITUAÇÃO ATUAL DO PAÍS É IGUAL A DO PASSADO ...



O porta-voz do Estado-maior general das forças armadas disse que, “volvido um ano do golpe militar de 12 de abril de 2012, a Guiné Bissau continua a apresentar os mesmos indicadores que tinha no passado”.
Contudo, Daba Na Walna reconhece a corrente de opinião que julga a situação sócio-económico do país piorou nos últimos 12 meses. “Há indivíduos que acham que a situação piorou. Eu não vi o mesmo, devem ter razão, eu tenho a minha.
“Porque os atropelos aos direitos fundamentais estão e continuam tal como existiam no passado. A bandeira do governo passado era pagar salários. Paga-se salários agora. A luz (energia) sempre foi e veio (…) a diferença não sei onde está”, afirmou.
A única vantagem do 12 de Abril foi, sim, do nosso ponto de vista e da nossa perspectiva, foi restituir respeito às Forças Armadas da Guiné Bissau e ao seu povo”, reconheceu Daba Na ualna aos órgãos de imprensa.

A GUINÉ E OS SEUS FILHOS NÃO MERECEM ESTA POUCA VERGONHA ...
MAS QUE LATA, AH!!!!

ANGOLA QUER MAIS ENVOLVIMENTO DOS GUINEENSES PARA MUDAR O RUMO DO PAÍS




O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chicoti, defendeu mais envolvimento dos guineenses para saírem da atual situação e encontrarem "um quadro político que seja aceitável" para todos.
O governante angolano referiu que Angola e todos os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), sobretudo os africanos, gostariam de ver melhorias da situação na Guiné-Bissau.
"Naturalmente que não chegámos ainda a melhores dias, mas há uma grande vontade nossa e da comunidade internacional de podermos ver a Guiné-Bissau evoluir melhor e para isso
é necessário que haja mais trabalho e certamente envolvimento de todos os guineenses", disse Georges Chicoti.
O chefe da diplomacia angolana frisou ser
importante a reforma do setor de defesa e segurança guineense, para que os Governos civis na Guiné-Bissau possam "funcionar bem, sem preocupações ou pressão dos militares, como tem sido até agora".
"Desejamos para a Guiné-Bissau o melhor e é lamentável que até agora não tenhamos encontrado o melhor momento para que os guineenses possam viver melhor", sublinhou.
Angola, antes do golpe de Estado, esteve envolvida com o Governo deposto do então primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o então presidente interino Raimundo Pereira, no programa de reforma do setor da defesa e segurança daquele país, com a Missão Militar Angolana (MISSANG).
Após acusações dos militares guineenses de que Angola era "o braço armado" das forças políticas destituídas, as autoridades angolanas decidiram acabar com a MISSANG, deixando a Guiné-Bissau dois meses depois do golpe.

GUINÉ BISSAU 1 " ANU DIPUS "



A 12.04.2012, um golpe derrubou o Governo eleito democraticamente e instalou no poder um executivo que se afirma de transição. Atenção da comunidade internacional voltou-se para outros focos de crise.
Na noite de 12.04.2012, militares em revolta invadiram à força a residência do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.

É com relutância que ainda hoje o chefe do Governo democraticamente eleito recorda aquela noite, como disse numa entrevista exclusiva à DW África alguns meses mais tarde: "A minha casa ficou totalmente danificada. Saquearam completamente a minha casa. Os mobiliários que não conseguiram abrir, abriram a tiro. Está firmado, está fotografado", lembra Carlos Gomes Júnior.
"Em todo país democrático, tem que haver justiça", constatou o antigo candidato presidencial, que concorria pelo partido governista PAIGC ao cargo mais alto do país em decorrência da morte por doença, em janeiro de 2012, do antigo presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá.
"E todos estes atos, eu vou traduzi-los à Justiça. Eu vou exigir que essa gente seja traduzida à Justiça", prometeu, na altura, Carlos Gomes Júnior, também conhecido como "Cadogo".
Estava prevista, para aquele dia 12 de abril, a abertura da campanha eleitoral de Cadogo para a segunda volta das presidenciais. O primeiro-ministro era considerado o grande favorito, depois de sair em primeiro lugar na primeira volta, com 49% dos votos, quase a maioria absoluta.
O chefe do Governo gozava de muita popularidade porque soubera dar ao país, vítima permanente de golpes de Estado, alguma estabilidade que resultou até num crescimento económico.
Não obstante a sua popularidade, o político tinha um adversário de peso: o exército. Na Guiné-Bissau nada se faz contra a vontade dos militares. E estes ressentiram-se da tentativa de modernização das forças armadas levada a cabo pelo Governo com a ajuda de Angola. O objectivo era reduzir o número de soldados e oficiais e subjugá-los ao comando civil.
Carlos Gomes Júnior na presidência significava uma ameaça para o poder militar e o seu envolvimento no narcotráfico. Por isso detiveram o primeiro-ministro, seguidamente forçado a exilar-se em Portugal.
Em lugar do Governo formado pelo seu partido, o PAIGC, os militares revoltados instalaram um executivo civil, mas sem legitimação democrática. Desde então, o único acontecimento digno de nota foi  a detenção em alto mar, na semana passada, por agentes norte-americanos, do Almirante guineense Bubo Na Tchuto, que vai ser julgado por tráfico de drogas.

TUDO NA MESMA

Mas, de resto, pouco se passou nos últimos doze meses, a situação permanece a mesma e as eleições prometidas pelos golpistas não se realizaram. Por isso, o enviado especial das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, o prémio nobel da paz e ex-Presidente de Timor Leste, José Ramos-Horta, exige "a realização de eleições até ao final deste ano, a formação de um governo mais alargado para ser mais legítimo, para gerir o processo até as eleições o mais rápido possível – a partir de abril ou maio, deveria haver um governo mais alargado".
Ramos-Horta também disse querer a mobilização de recursos financeiros e materiais, mas afirmou que esta era "a parte mais simples. A parte mais complexa e sensível é o aspeto político".
Apenas a Comunidade Económica e de Desenolvimento da África Ocidental (CEDEAO) reconheceu o Governo de transição, que se encontra internacionalmente isolado. Mas também a CEDEAO exige eleições até ao final do ano.
No entanto, adverte o analista Paulo Gorjão, diretor do Instituto português de pesquisa da política internacional (IPRIS), as eleições não são uma panaceia universal: "Não é suficiente repor a legalidade constitucional, embora evidentemente seja muito importante, mas é preciso, de facto, resolver de uma vez por todas os problemas que afetam a Guiné-Bissau: a reforma do sector de segurança e, por sua vez, ligada a isso, uma política mais pró-ativa no combate ao narcotráfico", avalia o especialista.

TEXTO (COM ALGUMA ADAPTAÇÃO) : DW

PAI NOSSO, QUE ESTAIS NO CÉU ... E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO
MAS LIVRAI NOS DO MAL.
AMEN   






quinta-feira, 11 de abril de 2013

COMUNICADO À IMPRENSA DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA DA GUINÉ BISSAU


  1. Nos últimos dias, a comunidade nacional, no interior e exterior do país, tem sido fustigada com uma serie de informações criminosas porque falsas e caluniosas envolvendo nomes de entidades e de instituições prestigiadas acima de quaisquer suspeitas, nomeadamente Suas Excelências Senhor Presidente da República de Transição e o Senhor Primeiro Ministro de Transição, informações que da nossa parte merecem o mais vivo e profundo repúdio.
  2. Sua Excelência o Senhor Presidente da República de Transição, garante e reafirma ao país e a Comunidade Internacional, que nada, mas nada o fará desviar o mínimo que seja, dos nobres, honrosos e patrióticos compromissos que perante o mundo assumiu para com o país de concentrar todas as suas energias e capacidades, para levar a bom termo, o mandato de Transição em que está investido, como o mais alto magistrado da Nação Guineense.
  3. Mais alerta Sua Excelência o Senhor Presidente da República de Transição à Comunidade Nacional, assim como os nossos parceiros internacionais que é de esperar que, estas insidiosas e criminosas campanhas não irão parar por aqui, antes pelo contrário tenderão, por desespero da causa, a recrudescer à medida que o país vai progredindo rumo a normalidade institucional.
  4. Finalmente, a Presidência da República de Transição, anuncia firmemente que com este comunicado jamais voltará a este assunto, quaisquer que sejam as provocações e as atoardas que os adversários venham a intentar.
Bissau, 10 de Abril de 2013.
Lamine Djatá
Director do Gabinete de Comunicação e Porta-Voz da Presidência da República


quarta-feira, 10 de abril de 2013

12/04/2012 - 12/04/2013



O golpe de Estado de há um ano fez regredir todos os indicadores da Guiné-Bissau, incluindo o respeito pelos direitos humanos, defendem os analistas, que entre eles há quem defende mesmo uma “administração internacional” para salvar o país.
“Tem de haver uma administração internacional e tem de começar desde já, com a organização das eleições, tem de começar a intervir e com uma intervenção pró-activa”, defende o analista Rui Landim, a propósito do primeiro aniversário do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, que derrubou o poder legítimo.
Porque o país “piorou” em todos os domínios, a comunidade internacional deve a “intervir com mais afinco” e que seja o Conselho de Segurança das Nações Unidas a marcar a data das eleições e a ONU a apoiar depois “uma nova administração internacional, para se reconstituir um Estado que não existe”, disse.
“Os ministros que tratem dos aspectos políticos. Os aspectos técnicos e administrativos devem de ser decididos pela comunidade internacional. Que não seja permitido que qualquer Primeiro-ministro, qualquer ministro, nomeie parentes, filhos e tios”, diz Rui Landim, “um Estado muito partidarizado enfraquece as instituições democráticas”, enaltece.
Até agora, as nomeações familiares ou partidárias (mesmo antes do golpe) “destruíram as instituições”, afirma o analista, acrescentando: “há golpes de Estado militares mas há golpes de Estado que se fizeram durante muito tempo, golpes nas instituições, que são relegadas para segundo ou terceiro plano e são as vontades das pessoas que imperam”.
 “É sempre mau” uma rotura da ordem constitucional, embora por vezes seja “a última saída” (exemplo do 25 de Abril em Portugal). Mas no caso da Guiné-Bissau, o último golpe militar, e outros anteriores, desde a guerra de 1998, só têm feito regredir o país, afirmou.
Não foi diferente o de 12 de Abril: “todos os indicadores macroeconómicos e sociais mostram que há uma grande regressão”, para já não falar “do respeito pelos direitos humanos”, que na Guiné-Bissau “caiu grandemente”, avisa Rui Landim.
Fodé Mané, antigo director da Faculdade de Direito de Bissau, explica de outra forma uma ideia quase idêntica. Antes do golpe de há um ano já havia “turbulência política” e havia manifestações constantes contra má governação e mau funcionamento da Justiça, lembra.
“Quando houve o golpe de Estado em que saíram vencedores os que contestavam o regime esperava-se que fizessem algo diferente. Será que temos melhor Justiça? Creio que não”, diz o analista, considerando que ao contrário houve reformas que pararam e o Ministério Público foi politizado, pelo que houve nessa matéria “um falhanço total”.
“O golpe tinha como um dos pressupostos que havia perseguições e instabilidade. Não deixou de haver mortes depois do golpe e continuamos com restrições à liberdade, como a de informação, de expressão, de manifestação e mesmo até de circulação”, acusa Fodé Mané, que critica ainda não haver um calendário para as eleições nem um processo de reconciliação nacional, algo que estava a ser preparado antes do golpe de há um ano.
Neste último ano, sintetiza Fodé Mané, “o país não se encontrou” e houve “retrocesso” em todos os indicadores, das exportações à produtividade. E aumentaram as tensões entre as várias instituições, como o Parlamento, o Governo ou a Presidência, a que se juntou uma diplomacia débil, de confronto, que redundou “num fracasso total”.
E no poder estão as pessoas que se manifestaram semanalmente no passado e que hoje proíbem as marchas e exercem censura na comunicação social estatal, acrescenta.
O analista defende que se realizem eleições ainda este ano, como também Rui Landim, com ambos a criticar que não haja já uma agenda com datas marcadas. Segundo Rui Landim, não há uma perspectiva de esperança para a Guiné-Bissau e o país vive sim “num clima nebuloso”.

ANGOLAPRESS

É POR ESTAS E OUTRAS RAZÕES QUE EU APOIO TOTALMENTE A ENTREGA DA G.BISSAU NAS MÃOS DAS NAÇÕES UNIDAS, DURANTE UM DETERMINADO PERÍODO.

Liga dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau compreende detenção de Bubo Na Tchuto




A Liga Guineense dos Direitos Humanos afirmou (ontem) compreender a detenção do ex-chefe da Armada pela justiça norte-americana mas lamentou que o oficial não tivesse sido julgado no país pelas suspeitas de tráfico de droga.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Liga, Luís Vaz Martins, afirmou que as autoridades da Guiné-Bissau deviam ter criado as condições para que o julgamento de todos os cidadãos acusados de quaisquer crimes tivesse lugar no próprio país.

Luís Vaz Martins notou que "há muito" que o governo americano vinha alertando as autoridades guineenses sobre o envolvimento de alguns dos seus cidadãos no tráfico internacional de droga, pelo que a detenção de Bubo Na Tchuto não deve causar estranheza.
"É um facto que consideramos normal, porque hoje em dia, no combate de crimes transnacionais, é normal que se façam essas detenções por parte de Estados interessados em capturar cidadãos de outros países estrangeiros envolvidos em práticas criminosas", defendeu o presidente da Liga.
"Lamentamos, porque a Guiné-Bissau devia ter uma atitude mais responsável, o que infelizmente não aconteceu e permitiu que seja um país estrangeiro a fazer isso. Vê-se a olho nu a ostentação de riqueza proveniente de fonte duvidosa. A Liga vem chamando a atenção sobre esse facto de algum tempo a esta parte", acrescentou.

Por seu turno, Mamadu Quetá, vice-presidente e porta-voz do Movimento da Sociedade Civil (plataforma que junta mais de 100 organizações) afirmou que não constituiu surpresa para a sua organização a detenção de Bubo Na Tchuto.
"Para nós não constitui surpresa nenhuma. Já há algum tempo que esse oficial das nossas Forças Armadas, de acordo com as informações, estava indiciado pelo governo americano, ele e mais outros cidadãos guineenses, por tráfico de droga", afirmou Queta.
"Mas, naturalmente, enquanto cidadão guineense, nós exortamos que seja tratado à luz dos padrões do direito internacional, respeitando, os direitos humanos e que seja assistido pelas nossas autoridades", reforçou o porta-voz do Movimento.
"O Movimento da Sociedade Civil ainda não tem elementos sobre as circunstâncias reais da sua captura. Assim que tivermos informações vamos agir em conformidade. Esperamos que a justiça seja feita e que se esclareça rapidamente tudo o que possa pender contra a pessoa do contra-almirante Bubo Na Tchuto", exortou Mamadu Queta, que diz concordar com a posição do governo de Bissau quando promete dar assistência a Bubo Na Tchuto.
"É um posicionamento que nos encoraja bastante. Enquanto cidadão, independentemente do que possa pender contra ele, merece um acompanhamento em termos de defesa", disse Quetá.