quinta-feira, 18 de abril de 2013

VENDA DE ARROZ IMPRÓPRIO PARA CONSUMO


O secretário-geral da Associação de Consumidores da Guiné-Bissau, Bambo Sanhá, denunciou hoje a existência de "grandes quantidades"de arroz impróprio para consumo humano, que estarão a causar surtos de diarreia em várias localidades no interior do país.

O arroz foi importado por uma empresa guineense há mais de dois anos, foi distribuído pelo interior do país.

O responsável referiu que a empresa distribuidora do produto "ludibriou a fiscalização" ao mudar as embalagens, acrescentando que esta situação contou com a conivência de alguns elementos das autoridades.

Esta situação foi denunciada há mais de três meses, disse  Bambo Sanhá.
"Não fomos envolvidos na recolha das amostras que foram enviados para Portugal e que foram analisadas pela ASAE. Para nós, tratou-se de uma amostra do arroz que não está a ser questionado. Ou seja, a empresa ludibriou toda a gente, mas com a conivência de alguns responsáveis", defendeu, explicando que o arroz analisado é diferente do arroz que está a ser consumido."Neste momento, há denúncias em todo o território nacional sobre as dúvidas que este arroz está a suscitar às pessoas. Para nós é um produto altamente perigoso para o consumo humano. Agora já começou a ter efeito nas pessoas em várias localidades, com surtos de diarreia, caso concreto em Bissorã (norte), em Bafatá (leste) e no sul do país", sublinhou o secretário-geral da Acobes.Uma fonte do Ministério da Saúde Publica disse à Lusa que existem registos de surto de diarreia no sul e no norte, mas acrescentou que o ministério ainda está a averiguar se são casos relacionados com o consumo do arroz em questão ou não.O secretário-geral da Acobes não tem dúvidas quanto à origem das diarreias e pede a intervenção da justiça para apurar responsabilidades.
Com a campanha de comercialização da castanha do caju, os agricultores aceitam receber arroz (base da dieta alimentar dos guineenses) em troca da castanha.


LUSA

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