Nos últimos 13 anos, chegaram ao Brasil através do Programa de Estudantes-Convénio de Graduação (PEC-G) seis mil jovens vindos de África. Nesse período, Cabo Verde foi o país que enviou mais estudantes, num total de 2.657, seguido pela Guiné-Bissau, com 1336.
Porém, após o golpe militar sofrido pela Guiné-Bissau, no ano passado, o Brasil decidiu interromper os convénios educacionais com o país. “O Brasil não reconhece o atual governo da Guiné-Bissau. E essa medida de não aceitar estudantes de lá, não é para punir o país, mas para tentar fazer com que a ordem democrática e constitucional volte”, explica a embaixadora Carmen Ribeiro Moura, do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Para o guineense Fristtram Helder Fernandes, que tem 24 anos e estuda Ciências da Computação na Universidade Federal de Santa Catarina, no sul do Brasil, a interrupção do convénio é uma grande perda para Guiné-Bissau. “ É muito preocupante, são mais pessoas ficando lá sem uma oportunidade de estudar. É uma desvantagem para o meu país e, de certa forma, para o meu continente”, lamenta o estudante.
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