quinta-feira, 23 de maio de 2013

DOMINGOS SIMÕES PEREIRA OUVIDO NO TRIBUNAL MILITAR...



O ex-secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Domingos Simões Pereira foi hoje ouvido, na qualidade de declarante, no Tribunal Militar de Bissau,
no âmbito de um processo de alegada tentativa de golpe de Estado.

À saída da audiência, Domingos Simões Pereira, acompanhado pelos seus advogados, afirmou ter sido convocado na qualidade de declarante e que foi com esse estatuto que abandonou o tribunal.

"Estou a sair como entrei. Um cidadão nacional. Vim cumprir um dever de cidadania colocando-me à disposição dos tribunais e espero ter contribuído para clarificar um assunto que o tribunal queria de facto esclarecer", disse Simões Pereira.

Acompanhado pelos advogados Armando Mango (ex-bastonário dos advogados da Guiné-Bissau) e Alberto Batista Lopes (chefe de gabinete do antigo Presidente guineense Malam Bacai Sanhá). 

"Posso dizer que tem a ver com o caso 21 de outubro, prestei algumas declarações e foi a esse nível", observou Simões Pereira, que considera também que o tribunal quis "tirar a limpo" o facto de o líder da alegada intentona, o capitão Pansau N'Tchamá (já condenado em tribunal), ter referenciado o seu nome durante o julgamento.

"Nunca conheci o capitão Pansau N'Tchamá, nunca estive com ele, nunca tivemos qualquer tipo de contactos", observou Simões Pereira, dizendo ainda que vai continuar com a sua campanha para a liderança do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), principal força política guineense que deve ir ao congresso nos próximos tempos.

"Ele foi chamado como simples declarante, porque no âmbito de um processo o seu nome foi chamado por uma pessoa. Ele entrou como declarante e sai como declarante, naturalmente", sublinhou o advogado Alberto Lopes.

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