segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A ALA DA EXTREMA-DIREITA DO GOVERNO CONSEGUIU APROVAR NOVALEI DE IMIGRAÇÃO QUE PODE TER CONSEQUÊNCIAS INCALCULÁVEIS PARA ECONOMIA PORTUGUESA

A partir de ontem, 09/09/2012, um imigrante pode ser expulso de Portugal se for apanhado a condu
 zir de forma perigosa nas estradas portuguesas (crime condenável com pena superior a um ano). Esta lei faz-me recordar os episódios do caso MANTORRAS (Problemas com Carta de condução angolano) e dos empresários portugueses retidos no aeroporto de Luanda e recambiados para Lisboa (Caso dos vistos). Hoje em dia, por incompetência do governo português de equacionar os problemas do país de forma a obter uma solução possível e determinada, Portugal precisa, mais do que nunca, dos mercados estrangeiros para escoar os seus produtos e seus desempregados. Esta lei para além de ser contraditória e inconsistente (DR. PASSOS COELHO ACONSELHOU OS PORTUGUESES EM IMIGRAREM) terá efeito de uma faca de dois gumes: Portugal vai expulsar alguns milhares de estrangeiros e receber de volta milhões de imigrantes portugueses de volta, uma vez que, o número dos imigrantes em Portugal é inferior ao número dos Portugueses que vivem no estrangeiro, nomeadamente, em Angola, Brasil, África do Sul, Moçambique, Venezuela entre outros países fora da UE que acolheram/acolherão os cidadãos Portugueses.

Em 29/05/2012, João Peixoto, investigador e coordenador do estudo intitulado "IMIGRANTES E SEGURANÇA SOCIAL EM PORTUGAL" deu a conhecer a opinião pública nacional e internacional que a contribuição líquida dos imigrantes para Segurança Social Portuguesa teve um saldo positivo em 2010 de mais de 300 Milhões de Euros ou seja, as contribuições financeiras dos imigrantes em 2010 são de 580,2 Milhões de Euros, as despesas da segurança social para o pagamento das prestações sociais dos imigrantes são 221,6Milhões e despesas para o pagamento das pensões ultrapassaram 52,6 Milhões de Euros. Como se pode ver, o estado Português ganha mais com os imigrantes, ao contrário do que muitas das vezes, os simpatizantes da extrema-direita Portuguesa querem fazer crer. Eu não conheço nenhum objeto e fenómeno da natureza que não tenha aspetos contrários (POSITIVOS E NEGATIVOS). Por exemplo, no METABOLISMO CELULAR do organismo humano encontramos reações de assimilação e desassimilação ao ingerirmos um alimento, ou seja, se eu AMARÁ DEIXAR DE FAZER COCÓ E XIXI POR ALGUNS DIAS, EMBORA TENHA COMEDIDO ALGUMA COISA, SEREI OBRIGADO A PROCURAR UM MÉDICO PARA ME EXAMINAR PORQUE ALGO NÃO ESTÁ BEM. Portanto, estado Português não pode querer só os aspetos positivos da imigração, mas também os aspetos negativos. O estado tem que recorrer aos mecanismos legais para combater os aspetos negativos da imigração sem violar a constituição e nem incentivar POLITICAS DE RICOCHETE por parte dos seus parceiros bilaterais.

Eu tenho sérias dúvidas quanto a constitucionalidade desta Lei, tendo em conta que, os imigrantes gozam de direitos e estão sujeitos aos deveres dos cidadãos Portugueses (Art.º 15º DA CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA: ESTRANGEIROS, APÁTRIDAS, CIDADÃOS EUROPEUS). Quero que fique bem claro, eu não sou imigrante. Eu sou cidadão LUSO-GUINEENSE nascido na ex-província ultramarina da Guiné. Fomos nós que produzimos as reservas de OUROS que estão no Banco de Portugal. Portanto, evitem olhar-me com olhares tortos porque vão ter que me engolir por muito tempo. Questionei esta medida discriminatória porque estou com medo de retaliações por parte de outros países tendo em conta que alguns dos meus condiscípulos (cidadãos Portugueses) do curso da Engenharia de Eletrónica e Computadores da EST Setúbal estão a trabalhar em Angola e noutros países da CPLP.

As associações de imigrantes, como sempre, ficaram caladas porque muitos dos seus dirigentes, vivem das migalhas que o estado Português e as autarquias lhe dão, por isso, preferem o silêncio, em vez de entrar em confrontos com as autoridades evitando deste modo perdas de regalias e, consequentemente, o desemprego. Para além disso, algumas dessas associações não têm se quer, moral de contestar as medidas discriminatórias impostas aos imigrantes porque elas próprias tratam mal os seus compatriotas. Estou a referir aos géneros alimentícios (IOGURTES, SUMOS, ETC ) que algumas das associações de imigrantes distribuem com prazos fora de validade.

POUCA-VERGONHA TEM LIMITE

Amará Jaurá (SIAJA)
Eng. de Electrónica e Computadores

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